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PSL quer cassar Glauber Braga por chamar Moro de "juiz ladrão"

E ele se defende: “quem fala a verdade não merece punição. Moro é um juiz ladrão mesmo"
publicado 19/09/2019
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A pedido do PSL, partido de Jair Bolsonaro, o Conselho de Ética da Câmara dos Deputados abriu nesta quarta-feira 18 um processo que pode levar à cassação do mandato do deputado Glauber Braga, do PSOL-RJ.

O motivo?

Suposta quebra de decoro parlamentar por chamar o ministro da Justiça, Sergio Moro, de "juiz ladrão" (veja o vídeo acima).

No começo de julho, durante audiência na Câmara, Braga disse a Moro:

"O senhor vai estar nos livros de história como um juiz que se corrompeu, como um juiz ladrão (…) um juiz ladrão e corrompido que ganhou uma recompensa pra fazer com que a democracia brasileira fosse atingida (…) é o que o senhor é, um juiz que se corrompeu e um juiz ladrão”.

O PSL, ao entrar com a representação no Conselho de Ética, alegou que as palavras de Braga caracterizam "verdadeiro abuso de prerrogativas conferidas aos membros do Congresso Nacional”.

O deputado rebateu o partido de Bolsonaro e garantiu ter apresentado uma defesa ao Conselho de Ética baseada em dois pontos centrais: o uso da fala como argumento democrático e a exceção da verdade:

“Quem fala a verdade não merece punição. Moro é um juiz ladrão mesmo e ponto final”, afirmou.

Pelo Twitter, ele também falou sobre sua defesa:

Hoje, apresentei, no conselho de ética, a defesa prévia à tentativa do PSL de cassar nosso mandato.
Teses que apresentei: 1. Imunidade de fala como instrumento democrático.
2. Exceção da verdade; quem fala a verdade não merece punição. Moro é um juiz ladrão mesmo e ponto final.

— Glauber Braga (@Glauber_Braga) September 19, 2019

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