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Prisões de Nova York viram epicentro do coronavírus. Aprenderemos a lição?

Nos EUA, começaram a perceber o tamanho do perigo
publicado 26/03/2020
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(Crédito: Spencer Platt/Getty Images)

Via The Appeal, com tradução do Conversa Afiada - O novo coronavírus está se disseminando pelas prisões da cidade de Nova York muito mais rapidamente do que pela cidade como um todo, de acordo com uma análise divulgada na quarta-feira 25/III pela Legal Aid Society.

A taxa de infecção nas prisões da cidade é de 14,51 por 1000 pessoas, segundo a análise. Esse dado é sete vezes superior à taxa da cidade de Nova York, que se tornou um epicentro da pandemia, e onde cerca de 2 a cada 1000 pessoas estão infectadas.

Na manhã de quinta-feira 26/III, mais de 20 mil pessoas na cidade haviam testado positivo para COVID-19 e 280 haviam morrido. Nos EUA como um todo, mais de 68 mil pessoas testaram positivo, embora o teste tenha demorado a se tornar amplamente disponível em grande parte do país.

Em 25/III, 75 pessoas encarceradas e 37 agentes penitenciários nas prisões da cidade de Nova York testaram positivo para o COVID-19, de acordo com a Legal Aid. O Departamento de Correção da cidade de Nova York e a Prefeitura não responderam imediatamente aos pedidos de comentários.

"Com base nessa análise, as prisões da cidade de Nova York se tornaram o epicentro do COVID-19", disse Tina Luongo, advogada encarregada da Prática de Defesa Criminal da Legal Aid, em comunicado. “É imperativo que Albany, Prefeitura, nossos promotores e o Departamento de Polícia de Nova York tomem medidas rápidas e ousadas para reduzir a propagação desse vírus mortal. Parem de enviar pessoas para Rikers e solte esses nova-iorquinos imediatamente".

Nesta semana, o prefeito Bill de Blasio anunciou que 300 pessoas que cumprem pena por crimes leves serão libertadas.

Mas muito mais precisa ser feito, diz a Legal Aid, que pede a libertação das mais de 5 mil pessoas encarceradas nas prisões da cidade, a maioria delas em Rikers Island. De acordo com o relatório do departamento de correção da cidade, de julho a dezembro de 2019, quando a população diária das cadeias era de quase 7 mil, aproximadamente 24% ficaram presos por quatro dias ou menos.

Leia a íntegra - em inglês - em The Appeal