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Por que me ufano

O Brasil seguirá outro rumo: o próprio!
publicado 04/01/2016
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bessinha funeraria do pig

O ansioso blogueiro foi passar o Ano Novo numa aprazível cidade de um país da América do Sul, limítrofe do Brasil.

No meio da cidade, perto de um parque exuberante, fica o conspícuo prédio do Consulado americano, que, na verdade, é um bunker de espionagem para toda a região Norte do continente.

Qualquer camareira de hotel ou vendedor de picolé sabe disso.

Ao olhar o continente de cima para baixo, percebe-se que só a Venezuela (por pouco tempo), o Equador, a Bolívia e o Brasil conseguiram preservar governos e políticas a serviço dos mais pobres.

O (suposto) combate ao tráfico permitiu que os Estados Unidos ocupassem a Colômbia.

O Peru não precisa eleger a filha do Fujimori (o FHC não faltará à sua posse…).

O Humala já fez o serviço…

O Chile e o Uruguai têm uma Esquerda que não se move fora do Centro.

E a Argentina cumprirá o que Macri prometeu: rasgar a Ley de Medios e, breve, entregar o Banco Central aos investidores abutres.

A América do Sul, na companhia do México, do Panamá e de Porto Rico (leia em tempo), se inclina com força, irremediavelmente, para debaixo das asas da águia americana.

Pena que isso ocorra logo agora, quando os Estados Unidos já não tenham muito a oferecer a seus dependentes.

32 milhões – 10% da população - de americanos vão dormir, todas as noites, sem saber o que comer no dia seguinte.

A revista Foreign Affairs, de 14 de dezembro de 2015, descreve de forma cruel o fracasso retumbante da política americana de sanções à Rússia, por causa da anexação da Criméia.

Por que?

Porque a Rússia substituiu os Estados Unidos pela China e continuou a vender petróleo e gás...

Embora seja aparentemente invisível, a política externa brasileira continua altiva, sem se desviar da régua e do compasso do Lula e do Celso Amorim.

Todos os problemas dos brasileiros podem ser resolvidos dentro do Brasil.

O Brasil tem comida, energia a dar com pau, seja de que tipo for (petróleo, gás, carvão, renovável, eólica, nuclear…), e um mercado interno crescente e próspero.

(“Prospero”? Basta andar de avião…)

O Brasil acabou com a miséria e vai acabar com a pobreza.

Porque tem um produto de qualidade internacional comprovada: o Bolsa Família!

E o Brasil realiza um salto de qualidade e produtividade ainda encobertos: com a educação dos pobres!

Ao se virar para a América Latina, o brasileiro tem o direito de localizar sua identidade mais na África do que na América irremediavelmente espanhola!

Hispano-americana!

A América Latina se encaminha para desempenhar um papel subalterno num conjunto que se enfraquece com a própria decadência do sistema da meritocracia.

Porque o Capitalismo do Século XXI, como demonstrou o Piketty, gera mais desigualdade, quanto mais “avança”.

É um capitalismo de abutres, donos de fundos de investimento, que montaram uma rede de advogados e tributaristas que lesa o Fisco.

Duzentos bilionários fazem 50% das contribuições para a campanha presidencial americana.

O Brasil proibiu a contribuição de empresas, numa decisão histórica do Supremo Tribunal Federal.

O que tornará mais legítima a representação popular.  

O Brasil tem outro rumo a cumprir.

Rumo próprio.

Na companhia dos BRICs e além deles.

É o que desespera a Casa Grande.

A Casa Grande comprou a ideologia da Dependência.

A Casa Grande tem um sonho: privatizar o Brasil aos abutres.

Em tempo: como se sabe, um grupo de investidores abutres comprou a dívida de Porto Rico – um “estado livre associado” dos Estados Unidos – e governa Porto Rico, sentado no Tesouro. Não há mais políticas sociais e toda a receita, decrescente, é para pagar os investidores…

É uma repetição dos bons tempos de Leopoldo II, rei da Bélgica, que fez do Congo sua propriedade particular, pessoal. Como então, Porto Rico já aplica sua política de escravismo. Falta o genocídio...)
 
Paulo Henrique Amorim

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