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Para vaga de Mandetta, Bolsonaro busca médico defensor da cloroquina

Dois nomes são favoritos para o Ministério da Saúde
publicado 16/04/2020
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Dois nomes despontam como favoritos para substituir o ministro da Saúde, Luiz Henrique Mandetta (DEM-MS), no cargo.

De acordo com o Valor Econômico, foram mencionados com ênfase o cardiologista Roberto Kalil Filho e o oncologista Nelson Sperle Teich.

Para a função, o presidente Jair Bolsonaro (sem partido) busca o seguinte perfil: médico que daria viés técnico à escolha e que tenha perfil conservador.

Também se buscam nomes que defendam a hidroxicloroquina, medicação para malária usada como coadjuvante no tratamento da covid-19, com eficácia terapêutica ainda a ser comprovada.

Segundo a publicação, parte da equipe de governo defende que Bolsonaro coloque na pasta um médico que possa fazer frente ao governador paulista João Doria (PSDB) e seu coordenador para a pandemia, o infectologia David Uip. O Estado de São Paulo é um defensor do isolamento horizontal, modelo combatido no Palácio do Planalto.

O cardiologista Roberto Kalil Filho é diretor-geral do Centro de Cardiologia do Hospital Sírio-Libanês. Ele passou a se relacionar com o presidente depois que revelou, na semana passada, ter tomado hidroxicloroquina ao ser hospitalizado com o diagnóstico de covid-19.

Informa o Valor que Kalil também é médico do apresentador José Luiz Datena, jornalista próximo ao presidente. Bolsonaro indagou a Datena sobre Kalil, e ouviu elogios do apresentador ao cardiologista. 

O oncologista carioca Nelson Sperle Teich deve ser recebido hoje por Bolsonaro, que começa a se encontrar com os mais cotados. Ele tem o respaldo do ministro da Economia, Paulo Guedes, do secretário especial de Comunicação Social, Fabio Wajngarten e de empresários bolsonaristas. 

Outros cotados

O Valor ainda fala em outros nomes, como:

O médico e empresário presidente do Conselho do Hospital Israelita Albert Einstein, Claudio Lottenberg, ex-secretário municipal da Saúde de São Paulo por três meses, em 2005, na gestão José Serra. No entanto, o médico dirige o Lide Saúde, do grupo empresarial fundado pelo governador João Doria (PSDB), que se tornou desafeto do presidente e é hoje seu principal adversário político.

A médica Nise Yamaguchi, uma das principais defensoras da cloroquina no governo.

A cardiologista e pesquisadora goiana Ludhmila Hajjar, diretora de ciência e inovação da Sociedade Brasileira de Cardiologia.

Por fora, corre o nome do deputado federal Osmar Terra (MDB-RS).