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O Brasil precisa de um Lula em cada esquina

O risco do salto alto
publicado 01/10/2018
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O Conversa Afiada abre a semana da eleição com sereno (sempre) artigo de seu colUnista exclusivo Joaquim Xavier:

Por motivos que não vêm ao caso, estava em Brasília na época decisiva em que se consumou o golpe contra a presidente Dilma Rousseff. Eu tinha plena consciência de que o barco estava prestes a naufragar. Para meu espanto, não era essa a certeza divulgada por lideranças maiúsculas do PT – dentro e fora do governo.

O que mais eu ouvia era que “a fatura está liquidada”, “temos votos de sobra no Congresso para barrar o golpe.”

Dona Dilma se dava ao luxo de dar chá de cadeira em quem pretendia negociar a situação. O Secretário de Comunicação Social aguardava meses numa fila para ser recebido no Planalto. O lado mais cômico da tragédia: “até o Tiririca está conosco.” Sabemos em quem ele votou.

O resto da história já está muito bem contado.

Errar é humano. Insistir no erro é burrice.

É o que se espera não aconteça agora.

Inebriados por pesquisas, ouve-se muita gente boa dizer coisa parecida com a daquela época: “o povo está conosco”. Só que os que detem os cordéis estão do outro lado. Não se conhece exemplo na História de que bandoleiros assaltantes do poder entreguem a fatura pacificamente, inclusive sem recorrer a sangue nas ruas se preciso.

Neste fim de semana (29/09), o país viveu manifestações grandiosas contra o Fascismo encarnado por Jair Bolsonaro – hoje a única saída que sobrou para a reação conservadora. Notícia obrigatória nos veículos mais importantes da imprensa mundial, o mar de gente nas ruas recebeu cobertura minúscula, quase clandestina, da grande imprensa nativa em extinção.

Assim como aconteceu com a prisão de Lula, a cassação dos títulos de mais de 3,3 milhões de eleitores e a censura nazista à entrevista do presidente mais popular da história do Brasil.

Deixa estar: “O povo está conosco”, repetem os acomodados. Sim, está, mas não basta. A maioria esmagadora da população clama por lideranças responsáveis, aguerridas, destemidas, que transformem este sentimento irrefreável em derrota implacável dos golpistas.

O lado de lá tem suas tropas muito bem unidas: o stfzinho, adolf fux, toffoli, o juizeco de curitiba, sem contar a quadrilha do Planalto/Jaburu e a Globo que botou lá a quadrilha.

O lado popular, por enquanto, tem Lula, e agora Haddad, cujo desempenho notável e corajoso na campanha surpreende de forma excepcional até quem se achava desconfiado.

Todo cuidado é pouco nesta semana decisiva. A militância do campo popular já SE mostrou disposta a ir até o fim. A fiscalizar o pleito de perto e com lupa e denunciar as fraudes em curso e as que virão; a comparecer aos locais de votação em massa; a organizar comitês nas fábricas, nos bairros e onde quer que seja em defesa do que restou de lisura nessa eleição.

Essa mesma militância quer ver na propaganda eleitoral desta semana crucial a denúncia vigorosa deste judissiário calhorda.

Cabe àqueles que se apresentam como opositores da ruína do Brasil ocuparem seu papel. Seja nas tribunas, nas mídias sociais e, sobretudo, junto ao povo, a quem cabe decidir os destinos do Brasil.

Joaquim Xavier