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Nobre: vem aí uma Greve Geral ainda maior!

Reforma (sic) trabalhista é recessiva!
publicado 17/05/2017
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Via Rede Brasil Atual:

Em mais uma audiência pública sobre o projeto de reforma da legislação trabalhista, hoje (16), no Senado, o secretário-geral da CUT, Sérgio Nobre, disse que o bom senso exige a retirada da proposta e o estabelecimento de uma mesa de negociação "legítima" sobre o tema. "Respeitem os nossos direitos, e não duvidem da nossa capacidade de reagir. Se esta Casa teimar em não ouvir a voz da classe trabalhadora, se insistir nesse caminho de desmonte da legislação trabalhista, vocês podem esperar: nós vamos construir no Brasil uma greve geral muito, mas muito maior do que foi essa do dia 28 (de abril)", afirmou no plenário.

Segundo o dirigente, "esta Casa já teve grandes lideranças, e em momentos difíceis da vida do país sempre teve responsabilidade e apontou caminhos de bom senso". O caminho neste momento, acrescentou, "é retirar essas reformas e discutir de forma democrática com quem pode decidir sobre ela, que são os trabalhadores e os empresários, numa mesa de negociação legítima". Sérgio afirmou que pesquisas divulgadas pelos jornais mostram ampla rejeição ao tema, e o Congresso não pode tentar impor sua aprovação.

O secretário-geral da CUT avalia que a reforma, em vez da apregoada segurança jurídica, acirrará o conflito. Ele criticou itens como a dispensa da presença sindical nas comissões de empregados. Segundo ele, o projeto acabará com empregos fixos e impulsionará os "bicos", comprometendo a estabilidade das famílias e o consumo. 

"Queremos emprego de qualidade, não um emprego qualquer. Qual trabalhador com contrato em tempo parcial, intermitente ou terceirizado pode ter a tranquilidade de comprar uma geladeira, um automóvel em 30 prestações? Qual vai ter a tranquilidade de entrar em um financiamento da casa própria? Não vai fazer. É uma reforma recessiva", afirmou Sérgio Nobre.

Ele também comentou a proposta de eliminação da contribuição sindical. Lembrou que a CUT sempre foi contrária ao imposto, defendendo a substituição da taxa por um contribuição negocial, aprovada em assembleia.

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