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Muro do PSDB é o da vergonha

Partido dos Sociais Delinquentes do Brasil
publicado 13/06/2017
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Conversa Afiada publica novo - e mortífero - artigo de seu colUnista exclusivo Joaquim Xavier:

Para efeito de mídia, o PSDB sempre usou a aura de partido “em cima de muro”. Vendeu aos quatro ventos a farsa de que não era de direita nem de esquerda, e sim uma variante de “centro-esquerda” avessa a radicalismos ou sectarismos.

Tudo mentira da grossa. O PSDB nunca passou de um partido de Direita, com “D” maiúsculo.

O rótulo de social democrata pendurado no nome é propaganda enganosa pura. Historicamente, a verdadeira social democracia tem raízes entre os trabalhadores. Mesmo depois de trair os operários ao votar os créditos de guerra em 1914, os partidos social-democratas mantiveram o controle de fatias expressivas do movimento sindical mundo afora. Adotaram na economia a bandeira do welfare state, ou Estado de bem estar social. Ideologicamente, embarcaram na tentativa de acomodar os interesses de patrões e empregados nos marcos do capitalismo.

Isso funcionou nas urnas durante certo tempo. À medida que o capitalismo foi apodrecendo mais e mais, até o welfare state tornou-se impalatável para o regime da ganância. Esse é o pano de fundo responsável pela onda mundial de destruição de avanços sociais na Europa, com as Thatchers da vida à frente. Muitos partidos social democratas afundaram por não se opor à praga reacionária (vide a França). Nos lugares onde ensaiaram alguma oposição, como na Inglaterra, preservaram alguma expressão eleitoral.

O partido dos tucanalhas está a léguas desse enredo. Jamais teve raízes no movimento dos trabalhadores brasileiros. Salvo raríssimas exceções de praxe, sua origem está ligada sobretudo a “intelectuais” como o príncipe dos sapos FHC e pedaços da “elite” empresarial. Uma espécie de PFL de luxo. Basta examinar a penetração dessa gente no movimento sindical e na juventude. Zero vezes zero.

O caráter direitista dos tucanalhas ficou patente quando assumiram o poder. A administração FHC, sua grande vitrine, deixou de lembrança coisas como uma roubalheira desmedida – leia-se o livro Privataria Tucana— e iniciativas malfadadas de entrega do patrimônio nacional ao imperialismo. Quem pode esquecer da Petrobrax?

O namoro com o governo Collor, o servilismo diante do patronato e a decomposição galopante só surpreenderam ou surpreendem quem acreditou na apropriação indébita do carimbo social democrata. Nos dias de hoje, o apoio descarado ao criminoso Temer e às reformas demolidoras de conquistas sociais cristalizam como nunca o direitismo dos “cheirosos”. Ninguém se engane: na sua agonia em praça pública, os Social Delinquentes do Brasil procuram apenas se manter vivos como o Partido dos Sonhos da Direita do Brasil.

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