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Maia fulmina Bolsonaro: irresponsável e só atrapalha

Presidente da Câmara chama assessores do Gabinete do Ódio de "marginais
publicado 06/04/2020
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O presidente da Câmara dos Deputados, Rodrigo Maia (DEM-RJ), afirmou que os ataques nas redes sociais contra o Congresso e o Supremo Tribunal Federal (STF) são comandados por assessores do presidente Jair Bolsonaro que se comportam como “marginais”.

Em entrevista ao programa “Canal Livre”, da Band, veiculada na madrugada de segunda-feira (06/04), Maia acrescentou que o governo deveria agir para “salvar vidas e empregos” em vez de “criar conflitos e insegurança”.

"Toda semana eles tentam criar uma nova narrativa para enfraquecer o parlamento, para enfraquecer o ministro Mandetta... O ministro Mandetta começa, agora, a ser alvo de ataques absurdos desse gabinete do ódio que é comandado do exterior por esse Olavo de Carvalho, eu já faço parte desse ataque de forma permanente, o presidente do Senado, o presidente do Supremo”, disse o presidente da Câmara.

Para ele, no entanto, a sociedade, em meio à crise causada pela pandemia, ocupou seu espaço nas redes sociais, o que teria, segundo ele, ajudado a diminuir o impacto do esquema articulado. “Acho que a sociedade nesse momento começa a entender que há muitas informações falsas, muitas mentiras, mas, mais do que isso, muita irresponsabilidade, que tem sido, infelizmente, muitas vezes comandada pelo próprio presidente da República”, completou.

Além de criticar o governo, Maia exaltou a atuação do Congresso, e afirmou que os parlamentares têm feito a sua parte ao aprovar medidas necessárias para o combate à crise causada pela pandemia. “Essas brigas paralelas, comandadas por um gabinete do ódio, comandado por assessores do presidente que são mais marginais do que assessores do presidente, não vão de forma nenhuma mudar as atitudes do parlamento brasileiro".

De acordo com Maia, neste momento, Bolsonaro atrapalha e foge da responsabilidade. "A sinalização do presidente vai cada dia numa linha, e ela acaba, claro, atrapalhando", disse.

"Cada um precisa assumir sua responsabilidade, em vez de ficar fugindo da sua responsabilidade. Em vez de ficar criando conflitos e insegurança com a sociedade, o Palácio do Planalto poderia estar atuando para salvar vidas, para salvar empregos, para salvar a renda dos mais vulneráveis... Mas, infelizmente, alguns no Palácio preferem, junto com o presidente, esse 'gabinete do ódio', preferem continuar conflitando com o Parlamento, com o Supremo do que dar soluções, talvez porque não saibam onde encontrá-las", criticou.

Segundo o presidente da Câmara, o presidente não oficializa o que afirma em seus discursos, como acabar com o isolamento social, por exemplo, porque sua “assessoria não deixa”. "Se ele assinar alguma orientação formal, que vá contra a orientação do seu próprio ministro e da OMS, certamente ele responderá pessoalmente a essa decisão de liberar o isolamento sem ter um embasamento legal para isso", confirmou.

A entrevista completa está neste link.