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Lula não descarta ser candidato em 2022

Desempenho de Fernández na Argentina pode influenciar eleições no Brasil
publicado 27/01/2020
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Reprodução: YouTube/Página 12

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva concedeu entrevista ao jornal Página 12, de Buenos Aires.

Foi a primeira entrevista concedida a um veículo argentino desde sua libertação, em novembro de 2019.

Segundo Lula, a eleição do novo presidente argentino Alberto Fernández poderá influenciar os próximos pleitos no Brasil: "espero que agora, a partir da vitória de Fernández e Cristina, nós no Brasil possamos retomar o gosto pela Democracia, o gosto pela liberdade, pela inclusão social que tanto lutamos durante os governos do PT", disse, antes de criticar as políticas do ex-presidente neoliberal Maurício Macri: "creio que Fernández sabe perfeitamente bem que não existe outro alternativa para interromper os feitos de Macri. A dependência do FMI nunca fez bem para nenhum país da América Latina. É preciso reconstruir a economia da Argentina através do crescimento, das políticas de transferência de renda, da inclusão dos mais pobres".

Ele complementa: "Estou otimista com a posse de Fernández e Cristina. Claro que vai demorar um tempo para que tudo se arrume, não vai acontecer de um dia para o outro, isso leva um tempo. Mas é preciso falar com o povo para mostrar o malefício, o prejuízo causado por Macri".

"Lembram-se quando Macri foi eleito e dizia que os norte-americanos iriam ajudá-lo? Ao fim, nada aconteceu", disse Lula. "Os Estados Unidos não ajudam nenhum país da América Latina. O que eles fazem é incentivar golpes de estado. Se conseguíssemos unir a América Latina teríamos um bloco forte".

Lula afirmou também que começará uma caravana pelo Brasil em março: "vou percorrer as cidades para defender os governos do PT e denunciar as políticas do governo de Bolsonaro, a pobreza que toma conta do país".

O presidente também defendeu a necessidade construir uma Frente Ampla contra o bolsonarismo: "podemos conversar com a Direita para defender os direitos humanos ou a Democracia. Mas quando se discute um plano de governo, é preciso fechar um pouco o leque, pois é necessário trabalhar com pessoas que pensam amis ou menos parecido dentro da esquerda - com partidos como o PT, o PCdoB, o PSB, setores do PDT".

E sobre 2022?

Lula será candidato?

"É difícil. Já fui presidente por dois mandatos. Quando chegarmos a 2022, terei 77 anos. Creio que possamos ter um candidato muito mais jovem, temos o Fernando Haddad que é mais jovem, temos outros quadros importantes tanto no PT quanto fora do PT. Para que eu seja candidato, é preciso que exista uma situação irreversível", afirmou.

Então, existe a possiblidade de tal candidatura?

"Na política, nunca se diz que algo é impossível. Ser candidato não depende apenas de uma pessoa", disse Lula. "Se a pessoa faz parte de um partido, não é essa pessoa que decide".

"Quero ter muita força, quero estar bem de saúde, pois quero ter influência no resultado. Sou otimista, vou trabalhar muito para que possamos eleger um presidente progressista em 2022".

Leia a entrevista completa no Página 12.

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