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Lula: EUA querem transformar a América Latina em um quintal. E o Brasil se submete!

E 2022? A sina do PT é polarizar e ganhar!
publicado 20/11/2019
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O presidente Lula concedeu nesta quarta-feira 20/XI a primeira entrevista após sua libertação. Ao blog Nocaute, de Fernando Morais, ele falou sobre Operação Lava Jato, autocrítica, eleições, Ciro Gomes e mais.

O Conversa Afiada oferece algumas das principais respostas de Lula:

Lava Jato:

"Não saí da cadeia com nenhum espírito de vingança, e sim com sede de justiça. Quero provar que quem montou quadrilha foram Moro e Dallagnol. Canalhas. A Constituição não é um papel apócrifo que você pode jogar fora a qualquer momento. Existe uma elite conservadora que hoje enxerga a Constituição como um atraso para o país. Espero que o Congresso tenha a grandeza de não derrubar a prisão após trânsito em julgado.

Supremo vai confirmar a parcialidade de Moro?

"Não estou pedindo favor. Se eu tiver culpa, julguem e me punam. Se provar que Moro fez sacanagem, que foi mau caráter, que ele seja punido em defesa da própria instituição".

Deltan Dallagnol:

"Esse cidadão deveria ter sido exonerado e ter sido preso. Para o pais voltar à normalidade, esse processo tem que ser anulado e Moro e Dallangol serem punidos. Vi Dallagnol fazer ameaças à Suprema Corte, ao Congresso. Moleque irresponsável".

O PT polariza o país?

"O pessoal inventa muita coisa contra o PT, desde que o PT nasceu. Inventaram a tese de que o PT 'vai polarizar'. O PT nasceu para polarizar. Em 89, 94, 98, 2002, 2006, 2010, 2014 e 2018. E vamos polarizar em 2022. A sina do PT é polarizar e ganhar, para provar que podemos governar este país melhor que eles. Quem tiver candidato, disputa. E no segundo turno junta".

Ciro Gomes:

"Eu fico pesando as ofensas do Ciro Gomes e as coisas boas que ele fez. Eu prefiro ficar com as coisas boas. Sou grato a ele por ter trabalhado comigo e sido leal. Na vitória do Haddad no primeiro turno, ele foi embora para a França e xingou o povo que votou no Haddad. Eu não vou ter essa preocupação com a polarização".

2018:

"Se eu fosse candidato em 2018, teria ganho as eleições".

Globo:

"Uma parte do ódio disseminado no Brasil a gente deve à Rede Globo. Desde as manifestações e da eleição da Dilma. No meu caso, então, o ódio está estampado na quantidade de horas que falaram mal de mim nos jornais da Globo. Eu, sozinho, recebi mais acusações da Globo do que todos os presidentes do mundo em todas as emissoras do mundo. O objetivo era aniquilar o Lula".

Redes Sociais:

"A direita aprendeu a usar as redes sociais melhor do que nós. A mentira vai de avião, a verdade vai engatinhando".

Imprensa:

"Temos a dívida, conosco mesmo, de democratizar os meios de comunicação. O governo precisa fortalecer a mídia independente".

Autocrítica do PT?

"Quem tem que fazer autocrítica é quem está aumentando o número de moradores de rua, punindo artista, dificultando a entrada do pobre na universidade".

Terra plana:

"O Bolsonaro tem um astronauta no governo. Esse astronauta tem obrigação de avisar o Bolsonaro que o Olavo de Carvalho está mentindo e que a Terra não é plana. Ele tem que dizer que a terra é redonda, ele viu de lá de cima, tirou foto".

Golpe de Estado na Bolívia:

"Eu não entendi a renúncia do Evo [Morales]. Não entendi por que ele renunciou. Talvez ele tenha razão, que eu não saiba. Então, como eu não entendo muito dessas coisas, quero me certificar para fazer um comentário".

Interesse dos EUA na América Latina:

"Estou convencido de que os americanos, ainda mais nessa briga com a China, estão decididos a transformar a América Latina no quintal deles. E é lamentável que um país do tamanho do Brasil se submeta a isso".

Assista à íntegra da entrevista:

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