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Inquérito das fake news: bolsonaristas dizem ao STF que não vão depor

Pode isso, Arnaldo?
publicado 02/06/2020
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Bia Kicis é uma delas (Redes Sociais)

Dos seis deputados federais que foram chamados a depor sobre a divulgação de notícias falsas, cinco não pretendem ir. "Informei que não irei. Diante das flagrantes ilegalidades, inconstitucionalidades e prerrogativas violadas. Ademais, está pendente de julgamento nossos HC (habeas corpus) e agora [Dias] Toffoli [presidente do STF] marcou data para o plenário avaliar o inquérito", afirmou Filipe Barros, um desses parlamentares bolsonaristas, à CNN Brasil.

À emissora, o deputado Junio Amaral acusou o inquérito de ser ilegal. "Na minha condição de parlamentar não há por que me submeter a essa ilegalidade. Também por causa do twitte do Alexandre de Moraes afirmando que estamos dizendo mentira sobre não ter acesso aos autos. Mentira dele!".

Em vídeo publicado na internet, o deputado Daniel Silveira também criticou a investigação. "Se eu sou um dos autuados, se eu fui citado, mencionado, intimado, eu preciso saber do que se trata para que eu possa montar minha defesa." 

A deputada Bia Kicis (PSL-DF) afirmou à CNN que não vai prestar depoimento à Polícia Federal nesta terça-feira 2/VI. 

Única parlamentar a dizer que irá depor, a deputada federal Carla Zambelli está com depoimento marcado para quinta-feira 4/VI.

O deputado Luiz Philippe de Orleans e Bragança (PSL-SP) - o que se acha príncipe - afirmou que nem chegou a marcar data para a oitiva. "Não houve identificação no inquérito se eu sou réu ou testemunha. Não tendo esse esclarecimento, não há por que eu ir a qualquer oitiva", disse.

Outros alvos do inquérito também recorreram. Os empresários Luciano Hang e Otávio Fakhouri pediram acesso aos autos. Fakhouri pede ainda para não depor.

Na noite desta segunda-feira 1º/VI, o gabinete do ministro Alexandre de Moraes divulgou que "diferentemente do que vem sendo alegado falsamente, foi autorizado efetivo e integral conhecimento dos autos a todos os investigados no inquérito que apura 'fake news', ofensa e ameaças a integrantes do Supremo Tribunal Federal, ao Estado de Direito e à Democracia, com a obrigação da manutenção do sigilo das investigações".