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Haddad: Bolsonaro aparelha as instituições para defender seu clã

E o Guedes não entende nada de economia!
publicado 26/09/2019
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Da Agência PT de Notícias:

Em entrevista ao jornalista Bob Fernandes no Youtube, Fernando Haddad fez declarações sobre a prisão política de Lula, o desgoverno Bolsonaro e a atual conjuntura do país.

Ao longo da entrevista de mais de uma hora, Haddad avaliou os rumos que o Brasil está tomando por conta das decisões de Bolsonaro. “Ele não se faz de rogado, ele efetivamente avança no aparelhamento das instituições, jogando em duas frentes: na proteção do seu clã e na preparação de um aparato repressivo de viés autoritário. Ele entende os mecanismos de estado como armas de guerra contra seus eventuais adversários, que ele classifica como inimigo e que é todo mundo que não está com ele”, afirmou.

Em outro momento, voltou a tecer duras críticas aos nove meses de desgoverno. “É um governo distópico. Não tem nenhuma área organizada até agora. (…) O obscurantismo do governo Bolsonaro é funcional. Ele ajuda o Bolsonaro. Ele não pode abrir mão dessa agenda, porque o governo dele não para em pé. Se ele passar a ser civilizado, vai perder a popularidade.”

E acrescentou sobre o ‘posto Ipiranga’ de Bolsonaro. “Na minha opinião, o Guedes não entende de economia. O Guedes parou lá nos anos 70 quando fez o mestrado, foi para o mercado financeiro e parou de estudar. Você não vê um plano para o país e qual o desenho da economia.”

“Todo o PT vai defender Lula Livre”

Sobre a prisão política e injusta de Lula, Haddad afirmou que a luta pela liberdade do ex-presidente continuará cada vez mais forte. “O PT vai defender sua principal liderança porque está convicto, o partido inteiro, de que ele foi vítima de uma injustiça. E nós estamos com pelo menos 40% da população que acha a mesma coisa. E nós não vamos abrir mão disso.”

Já sobre as revelações do The Intercept e as possíveis implicações para o caso de Lula, o ex-candidato à presidência da República acredita que a verdade prevalecerá. “A sentença do Lula não dá. Ninguém quer que empreiteiro corrupto vá para casa, ninguém quer que os culpados saiam impunes. Mas se juiz não errasse, não teria recurso. Somos seres humanos, todos erram. Há uma mudança de ares com as revelações. A verdade virá à tona. Teve gente que foi constrangida a delatar, sob ameaça. Nós estamos falando de um processo complexo e que foi cuidado para produzir um resultado político e não jurídico”, concluiu.

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