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Gilmar e o crime organizado... Agora, o que é?

zé da Justiça passa mel no Gilmar...
publicado 07/04/2017
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Gilmar e zé.jpg

O Ministro e o zé: Daniel Dantas não esteve no jantar (Reprodução)

Na 498.356ª entrevista na semana, o Ministro Gilmar Mendes manifestou inequívoco preconceito contra o Rio de Janeiro e os que lá nasceram, como o ansioso blogueiro.

Sorte a dele ter nascido na Suécia brasileira, Diamantino, Mato Grosso...

Ao que ele disse ANTES do histórico pronunciamento:

O presidente do Tribunal Superior Eleitoral, Gilmar Mendes, disse nesta sexta-feira (7) que o Brasil corre o risco de ter uma eleição "muito distorcida" em 2018 se não aprovar uma mudança em seu sistema eleitoral até 2 de outubro deste ano.

"Vamos para a eleição de 2018, que é uma eleição grande, sem modelo específico, só com doação das pessoas físicas –que não há tradição no Brasil, e muito provavelmente vamos ficar entregues ao crime organizado, a pessoas que já trabalham no ilícito, ou a algumas organizações que têm modo próprio de financiamento", disse Mendes, pouco antes de falar em evento no MIT (Massachusetts Institute of Technology), em Cambridge.

Depois, ao participar de um debate com a presença do ex-ministro da Justiça José Eduardo Cardozo, Mendes destacou que o crime organizado já está operando no campo que não é mais ocupado por doações de empresas. "Em São Paulo, promotores me disseram que tem três candidatos eleitos pelo PCC na Câmara de Vereadores", disse. "Não preciso falar do Rio de Janeiro", completou, arrancando risadas do público.

Mendes disse acreditar que ainda dá tempo de fazer uma reforma política antes da eleição. "Estamos chegando no dia 2 de outubro e precisamos fazer a reforma. Vamos votar em lista? Vamos fazer um [sistema] distrital misto? Alguma coisa precisa ser feita", afirmou.

Apesar da expectativa de embate entre Mendes e Cardozo, que foi advogado de Dilma no processo de impeachment, o clima do debate foi amistoso –e os dois inclusive manifestaram opiniões próximas sobre o modelo do voto distrital misto.

"Sempre acho a melhor alternativa o voto distrital misto, muito próximo ao que a Alemanha tem", disse Cardozo. "Ele combina o voto distrital com o voto no partido, e isso faz com que você tenha uma representação global e evite as distorções que o voto distrital tem do ponto de vista democrático."

(...)