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Fidel, em 2008: imperialismo se empenha em desintegrar a Bolívia e submetê-la à fome

Profecia se torna realidade
publicado 01/01/2020
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Via Sputnik NewsNo dia 30 de abril de 2008, nos principais meios de comunicação cubanos foi publicada uma análise de Fidel Castro relativamente às ameaças dos EUA contra a Bolívia e o seu plano de dominar o país.

Embora os eventos não se tivessem tornado realidade naquele tempo, a verdade é que o presságio de Fidel Castro se concretizou 11 anos mais tarde.

2008 foi um dos anos mais complicados para Evo Morales, a oposição boliviana estava determinada a derrubar o primeiro presidente indígena da América e, para isso, contava com o apoio dos EUA.

Esses eventos foram previstos pelo então aposentado Fidel Castro em sua análise, intitulada "Uma Prova de Fogo", em que ele alertava sobre fatos que acabaram por se concretizar na Bolívia em novembro de 2019 com o golpe de Estado, a perseguição e a punição que hoje ameaçam Evo Morales.

"Quando chegam notícias assustadoras de todas as partes do mundo sobre a escassez e custo dos alimentos, preço da energia, mudanças climáticas e inflação, problemas que, pela primeira vez, são apresentados em uníssono como questões vitais, o imperialismo se empenha em desintegrar a Bolívia e submetê-la à fome e ao trabalho alienante", escreveu Castro em 2008.

Na sua reflexão, o líder cubano mencionou os "oligarcas de Santa Cruz" como "a vanguarda do plano ianque, traiçoeiramente concebido". Segundo Castro, a ideia dos EUA era "utilizar alguns dos setores militares antipatriotas para se livrar de Evo e alcançar a unidade, algo que, quando as transnacionais assumissem os ramos produtivos básicos, seria uma mera formalidade".

Ele denunciou: "O lema do imperialismo é castigar e se livrar de Evo". Mas aquela prova de fogo não seria um aviso apenas para a Bolívia: o destino dos povos latino-americanos também estava em jogo, de acordo com Fidel Castro.

"Será uma prova de fogo para os povos e governos da América Latina. Para nossos médicos e professores, qualquer coisa que aconteça no país onde eles desempenham o seu nobre e pacífico trabalho, também será [uma prova]. Eles, diante de uma situação de perigo, não vão abandonar seus pacientes e alunos", escreveu o líder da revolução cubana.

Aconteceu tudo quase tal e qual como foi previsto por Fidel Casto. Os médicos cubanos na Bolívia foram obrigados a deixar os seus pacientes. O novo Governo de fato não permitiu que as missões médicas cubanas permanecessem na Bolívia e acabou com todos os convênios com Cuba.

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