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Doria esculhamba Bolsonaro. 2022 já começou

"O PIB não vai crescer com comediante ridicularizando a imprensa"
publicado 14/03/2020
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Após abandonar Alckmin, Doria se afasta de Bolsonaro (Crédito: divulgação)

O governador de São Paulo, João Doria (PSDB), que está em uma guerra fratricida para ser o candidato tucano à presidência em 2022, já não é mais um entusiasta do governo de Jair Bolsonaro.

O governador, que usou o slogan Bolsodoria em 2018, afirmou que o presidente Jair Bolsonaro  desrespeita o Congresso e o Judiciário, aumentando a crise econômica e política do país.

"A política prejudicou a economia. A política econômica desenhada pelo Guedes, com uma visão liberal, privatizante, descentralizante, que poderia ter sido praticada ao longo desses primeiros 12 meses, foi totalmente prejudicada por uma índole política conturbada, agravada por ódios, ataques, distanciamento do Congresso, relações tumultuadas com o Judiciário, inadequadas com a imprensa, tudo isso gerou um clima de conflagração no país e, claro, prejuízo à economia", disse Doria em entrevista à Folha de S.Paulo.

"O PIB não vai crescer com comediante ridicularizando a imprensa, comentando o PIB [em referência ao episódio em que Bolsonaro levou o comediante Carioca, fantasiado de presidente, para tripudiar de jornalistas que queriam um comentário sobre o fraco desempenho da economia]", completou.

Na conversa, o tucano sugeriu que Bolsonaro convocasse novas eleições, já que insunuou que teria vencido no 1o turno em 2018.

"Ele foi eleito pelo voto popular, embora ele mesmo duvide de sua própria eleição, algo absolutamente incomum. Se há dúvida, que ele participe de uma nova eleição, aproveite que temos eleição em outubro e submeta-se novamente ao voto popular. Será uma forma de ele convocar o povo à rua. Não vai custar um centavo a mais, colocar um quadro a mais na urna eletrônica e ver quem são os candidatos".

A entrevista completa ao repórter Igor Gielow está aqui