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Dilma: o chicote da Casa Grande é o símbolo dessa reação

Essa eleição pode ter um banho de violência!
publicado 26/03/2018
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Dilma (C), com Lindbergh (E) e Amorim (D): Intervenção (sic) federal no Rio e omissão federal na Caravana do Lula (Reprodução/Mídia Ninja)

A Presidenta Dilma Rousseff concedeu entrevista à imprensa internacional nesta segunda-feira, 26/III, no Rio de Janeiro, na companhia do Chanceler Celso Amorim e do Senador Lindbergh Farias.

O Conversa Afiada reproduz, de modo não literal, algumas das principais declarações:

- quero destacar mais uma vez a intervenção do Ministério Público Federal, que ameaçou reitor de uma universidade de afastamento de cargo caso recebesse a caravana de Lula

- em todos esses lugares são milícias armadas

- eu vi com meus olhos

- temos a tradição do controle social pela violência

- acredito que no Brasil estamos vivendo um momento muito difícil. Eu vivi um golpe. E não é um golpe militar como os outros países conheceram. É midiático, parlamentar, corporativo

- nossa elite tem toda capacidade de dar um golpe sozinha. Mas acho que tivemos ajuda do exterior

- a História vai mostrar

- nós tínhamos reduzido a desigualdade e vivíamos uma Democracia. Acredito que nós temos uma chance única, mas nós temos um bloqueio de mídia. O ex-Presidente Lula tem sido sistematicamente atacado

- como explicar que uma senadora defenda o chicote? Nós tememos pelo resto

- ela não tem vergonha de falar que alguém tem que ser recebido com relho?

- é a arma que a Casa Grande usava contra a senzala!

- onde estava o interventor federal no momento da morte de Marielle Franco? Onde estava o interventor no momento da morte de oito pessoas na Rocinha? E na morte de cinco jovens em Maricá?

- violência foi num crescendo e atingiu quatro moças e uma criança

- é possível aceitar que matem uma vereadora por opinão? Ainda mais sendo negra e combativa? Vim aqui denunciar o que pode acontecer na eleição: um banho de violência

- no Brasil, a exclusão e o privilégio nasceram juntos. Fomos o último país a abolir a escravidão

- nós temos a intervenção Federal de um lado (no Rio de Janeiro) e a omissão federal de outro (que deixa passar a violência contra a caravana de Lula no RS)

- a intervenção é um projeto político de eleição. Faz parte tentar ganhar pontos de apoio, que tem a ver com o fato de que Lula saia do processo eleitoral

- nos lugares mais violentos, como o México, fizeram uma intervenção, mataram mais de 100 mil pessoas e resolveram o problema? Não, aumentou!

- todo Golpe se radicaliza

- Bolsonaro surge porque temos uma herança que formou uma classe média que tem a ver com capataz, que acha absurdo que o povo acesse aeroporto, vire médico...

- a imprensa diz: estão negociando cargos. Mas não explica o sistema de estruturação dos partidos, ninguém questiona isso. Há um problema sério na governabilidade

- a milícia é típica do fascismo

- não vou ficar falando desse cineasta [Jose Padilha]. É fake news.

- Netflix não pode fazer campanha política

- e se faz no Brasil, fará em qualquer país

- não vou mais falar em público, para não dar força para ele