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Deputada do agrotóxico será Ministra do Agronegócio

Bolsonaro desiste de unificar pasta com Meio Ambiente
publicado 07/11/2018
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Créditos: Dum (dumilustrador.blogspot.com)

Do G1:

Ruralistas indicam, e Bolsonaro anuncia Tereza Cristina como ministra da Agricultura


O presidente eleito Jair Bolsonaro anunciou nesta quarta-feira (7) a deputada federal Tereza Cristina (DEM-MS) como ministra da Agricultura. (...) Atual presidente da Frente Parlamentar Agropecuária do Congresso Nacional, conhecida como a bancada ruralista, Tereza Cristina foi indicada pela FPA para o cargo. Ela é engenheira agrônoma e empresária.

O anúncio foi feito após Bolsonaro e o futuro ministro da Casa Civil, Onyx Lorenzoni (DEM-RS), se reunirem em Brasília com parlamentares da FPA. (...) No Congresso, Tereza Cristina foi uma das principais defensoras do projeto que muda as regras no registro de agrotóxicos.

(...) Antes de se filiar ao DEM, Tereza Cristina integrava o PSB, partido do qual foi líder na Câmara. Em abril, foi destituída da direção estadual do PSB após votar a favor da reforma trabalhista proposta pelo presidente Michel Temer, contrariando a orientação da sigla.

Em agosto, voltou a contrariar o PSB ao votar contra o prosseguimento da segunda denúncia contra Temer. Pediu desfiliação do partido antes de ser expulsa pela direção nacional do PSB. (...)

Em tempo: a deputada Tereza Cristina foi a presidente da comissão especial da Câmara que avaliou o Projeto de Lei 6.299. O PL propõe afrouxar as regras sobre uso e fabricação de defensivos agrícolas no Brasil, desde a liberação de licenças temporárias até a mudança do nome de "agrotóxicos" para "produtos fitossanitários".

A proposta é criticada por órgãos como a Anvisa, a Fundação Oswaldo Cruz, o Instituto Nacional do Câncer e o Ibama. Segundo essas instituições, as mudanças podem trazer riscos graves ao meio-ambiente e à saúde de consumidores e trabalhadores rurais.

A comissão especial aprovou o PL em 25/VI. Não há data definida para votação no plenário da Câmara.

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