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Deboche no TCU: ministro impedido se desimpede

Para salvar deboche no Senado
publicado 18/12/2018
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Cedraz, o desimpedido, e o ladrão presidente. Iguais até como se vestem (Foto: Palácio do Planalto)

Amigo navegante do Conversa Afiada parou para ouvir a CBN, a rádio que troca notícia, na hora do almoço desta terça-feira 18/XII.

Naquele momento, um certo apresentador falava sobre o escândalo protagonizado pelo Ministro Aroldo Cedraz no Tribunal das Contas.

O apresentador se horrorizou ao falar sobre o incrível caso do desimpedimento de um Ministro do Tribunal das Contas.

Tudo começou quando o TCU concluiu que entre 2005 e 2009 o Senado contratou uma empresa de informática por R$ 1,1 milhão por mês, sendo que o contrato anterior era de R$ 300 mil mensais.

A auditoria dos técnicos do TCU apontou que o prejuízo foi superior a R$ 13 milhões. E foram responsabilizados por esse buraco o ex-diretor-geral do Senado Agaciel Maia, hoje deputado em Brasília, e o então primeiro-secretário da casa, Efraim Morais, que era senador pelo DEM-PB.

O apresentador lembrou que os ministros invariavelmente são políticos indicados por outros políticos. Normalmente, parlamentares em fim de carreira que veriam o TCU como, digamos, um prêmio.

Em dado momento, a condenação de Agaciel e Efraim parecia fato consumado na semana passada. E foi aí que o eminente Ministro Aroldo Cedraz entrou em cena: ele perguntou a outro Ministro qual era o placar naquele momento. A resposta foi: "Olha, tá 4 x 3 pela condenação". Cedraz, que havia se declarado impedido - por já ter trabalhado com Agaciel Maia na mesa do Senado - disse "não, mas agora eu não tô mais impedido. Eu vou me desimpedir!"

Ele "se desimpediu" e votou pela absolvição dos dois.

O presidente do Tribunal das Contas, Ministro Raimundo Carreiro, fez o mesmo: havia se considerado impedido por manter relações de amizade com os acusados (e por ter sido secretário-geral da mesa do Senado no mesmo período em que Agaciel Maia era o diretor-geral), mas decidiu se desimpedir e votar pela dupla absolvição.

O apresentador da CBN lembrou que outro Ministro, Walton Alencar, disse: "nunca vi um juiz que se declarou impedido ou suspeito verificar para onde estava indo a votação, voltar atrás, se 'desimpedir' e votar para absolver"...

Em tempo: esse Cedraz tem um filho, o Thiaguinho, amigo do Pauzinho do Dantas, que é uma fera - PHA

Em tempo²: esse TCU foi o tribunal das contas que disse que a Dilma pedalou - PHA

Em tempo³: o tribunal das contas tem entre seus exemplares fazedores de conta o ministro Augusto Nardes. Esse relatou as pedaladas da Dilma e hoje pedala freneticamente para se livrar da cadeia - PHA

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