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Condução coercitiva de Lula completa três anos

Tweet profético de editor da Época também faz aniversário
publicado 04/03/2019
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(Charge: Latuff)

Via Rede Brasil Atual:

O jurista Celso Antônio Bandeira de Mello acordou perplexo naquele 4 de março de 2016. Foi o dia em que o ex-juiz de primeira instância Sérgio Moro determinou à Polícia Federal que levasse o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva, por meio de uma condução coercitiva, a depor. Moro queria levar Lula a Curitiba, mas fracassou. O ex-presidente não havia recebido antes nenhum convite ou intimação para depor. “Eu fiquei muito aborrecido como cidadão”, disse Bandeira de Mello, na ocasião, em entrevista à RBA.

A notícia chocante do cerco, pela Polícia Federal, à casa do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva, que foi revirada na presença de seus familiares, não encontrava respaldo jurídico em lei nenhuma, como o próprio Supremo Tribunal Federal reconheceria dois anos depois. 

Para Bandeira de Mello o país chegava na ocasião a um "clímax" de espetacularização midiática. “A condução coercitiva do Lula, juridicamente, não passa de um absurdo. Porque quem não se recusa a depor, quem não resiste a colaborar com a autoridade, não pode receber nenhuma condução coercitiva”, explicou o jurista. "É um ato que equivale a uma confissão de medo, de pavor”, da elite brasileira de que Lula fosse candidato e ganhasse a eleição em 2018.

Na ocasião, o advogado do ex-presidente, Cristiano Zanin, enfatizara que não houve uma intimação anterior e que não havia resistência em comparecer. “Isso colide frontalmente com a Constituição brasileira e com as leis da República. Hoje, não só o ex-presidente Lula e seus familiares foram vítimas de um desrespeito à Constituição. Na verdade, toda a sociedade foi”, disse o advogado.

(...) Na madrugada daquele 4 de março, o então editor-chefe da revista Época, da Editora Globo, Diego Escosteguy, postou no Facebook: "Quase duas da manhã. Poucas horas para um amanhecer que tem tudo para ser especial, cheio de paz e amor. Vamos observar com atenção as próximas horas. Elas não serão fáceis. Notícias concretas assim que possível..."

(...)

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