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Ciro diz que Haddad era "candidato falso" à Presidência: "isso produziu o Bolsonaro"

Ele também falou sobre impeachment: "falta o aspecto político"
publicado 01/07/2020
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(Foto 1: Redes Sociais - Foto 2: Ricardo Stuckert)

O ex-ministro e ex-governado do Ceará Ciro Gomes (PDT) analisou, em entrevista à Deutsche Welle publicada nesta quarta-feira 1/VII, as dificuldades para fazer fazer avançar um processo de impeachment contra Jair Bolsonaro.

"A parte jurídica está sustentada, ele comete crimes de responsabilidade quando confraterniza com grupos que pedem o fechamento das instituições da democracia, quando expõe a comunidade brasileira ao genocídio em função de como administra a pandemia e quando faz obstrução da Justiça aparelhando a Polícia Federal para defender interesses privados, dele e da sua família de criminosos. Porém o aspecto político ainda não está dado. Bolsonaro ainda tem um terço do apoio popular e as região Sul e Sudeste do país. Enquanto estiver assim, é improvável que o Congresso Nacional reúna dois terços dos votos contra ele. Mas é um processo que está em elaboração. Ele está se desmoralizando rapidamente, e a democracia tem que estar preparada para, na hora própria, fazer o que tem que ser feito", afirmou Ciro.

Ele também foi questionado sobre suas críticas a Lula e ao PT.

"O grande problema do Lula é que ele ficou tão forte e tão popular que se corrompeu. E a partir daí passa a fazer um mal extraordinário ao país. O último mal chama-se Jair Messias Bolsonaro. Por causa de uma mentira [de Lula] à sociedade brasileira, dizer que era candidato [em 2018], quando a legislação brasileira não permitia que fosse. Explorou a boa-fé e a desinformação do nosso povo, e tentou fazer uma candidatura através de uma pessoa [Fernando Haddad] que vinha de uma derrota na prefeitura de São Paulo, um candidato falso à Presidência da República. Isso produziu o Bolsonaro", disparou.

Leia a íntegra da entrevista na DW