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Candidato do Bolsonaro no Rio ameaça prender Paes

Brito: Witzel é o juiz todo-poderoso que faz o que quer
publicado 09/10/2018
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Não vai mandar prender os brutamontes que quebraram a placa em homenagem a Marielle, Doutor? (Reprodução/Facebook/Wilson Witzel)

Por Fernando Brito, no Tijolaço:

O Doutor ‘Teje Preso” do Bolsonaro já quer mandar ‘recolher’ adversário

 

Vai vendo, como diz a gíria.

O Doutor Wilson Witzel, que não se incomodou nem um pouco de ver dois brutamontes afirmarem que quebraram a placa em homenagem à vereadora assassinada Marielle Franco subiu nas tamancas com seu adversário ao governo do Rio, Eduardo Paes e, ao vivo, disse que daria “voz de prisão” a ele se, nos debates, repetisse o que chamou de “fake news”.

Invocando sua condição de ex-juiz. Witzel diz que tem condições superiores de avaliação e que, se só há um candidato adversário, qualquer notícia falsa só pode vir dele.

Repetidas vezes disse que Paes “não tem capacidade” porque “não fez o exame da Ordem (dos Advogados). E disse que o crime de injúria está sujeito a prisão em flagrante, algo que desconheço, salvo no caso de injúria com lesão corporal ou por ato discriminatório com o racismo, assim mesmo, neste caso, mediante representação do ofendido.

E, não satisfeito, ainda  foi para o terreno da grosseria pessoal, mandando o ex-prefeito “sair do armário” e ameaçando:

— Mas é um aviso que eu te dou. Cuidado com a sua língua. Cuidado porque você sabe que a sua língua é chicote do rabo.

O Doutor “Teje Preso” vai mostrando para os cariocas e fluminenses que tipo de autoritário é. No dia em que tomar uma vaia vai mandar vir uma penca de camburões, para recolher todo mundo?

Hoje, mais cedo, num acena ridícula em que batia continência para ninguém, pois era uma live dentro de um automóvel, prometeu aos oficiais da PM “acabar com a secretaria de segurança, para “não haver interferência política na PM”. Claro, também não haverá mais coordenação, troca de informações, planejamento integrado…

É cada um por si e tiros para todos…

Witzel, que saiu do anonimato com o apoio de Jair Bolsonaro é o retrato de uma camada de juízes autoritários, todo-poderosos e que só tem uma regra: eu faço o que eu quiser.