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Bolsonaro recebe governadores, mas queimadas ficam em segundo plano

Não faltaram as gafes...
publicado 27/08/2019
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(Crédito: Marcos Corrêa/PR)

Os governadores dos estados que compõem a chamada Amazônia Legal defenderam, em reunião com Jair Bolsonaro nesta terça-feira 27, que o governo aceite a ajuda oferecida por outros países para combater os incêndios na Amazônia.

Vale lembrar que, mais cedo, Bolsonaro teve uma reação no mínimo infantil ao dizer que só consideraria aceitar a ajuda de USS 20 milhões dos países do G7 caso o presidente da França, Emmanuel Macron, "retirasse os insultos" contra ele e o Brasil.

Em reunião no Palácio do Planalto, o governador do Maranhão, Flávio Dino (PCdoB), reforçou:

“Nós enfatizamos muito fortemente a necessidade da cooperação internacional, com defesa da soberania nacional claro. Porém, achamos que não é o momento de rasgar dinheiro. Sobretudo no que se refere ao Fundo Amazônia. Nós defendemos que seja retomado”

Mas Bolsonaro colocou em segundo plano esse debate sobre a devastação da Amazônia.

Ele priorizou na reunião as críticas a terras indígenas: perguntou a cada governador qual é o percentual de reservas indígenas em seus estados e chamou de "irresponsabilidade" a política de demarcação dos governos anteriores.

A postura de Bolsonaro na reunião, transmitida ao vivo pelas redes sociais, também chamou a atenção: ele olhava na maior parte do tempo para as câmeras, e não para os governadores.

Evidentemente, não poderiam faltar as gafes de Bolsonaro: primeiro, ele confundiu o Acre com Rondônia; depois, afirmou que o Amazonas é o estado mais importante da região, o que gerou reação do governador do Pará, Hélder Barbalho (MDB).

Bolsonaro encontrou tempo, ainda, para voltar a atacar Macron, ao dizer que "pessoas como ele devem pensar duas ou três vezes".

Após essa ofensiva, Barbalho fez questão de lembrar que Bolsonaro tem perdido muito tempo com esses ataques ao presidente da França:

“Acho que estamos perdendo muito tempo com o Macron, temos que cuidar dos nossos problemas e sinalizar para o mundo a diplomacia ambiental que é fundamental para o agronegócio”, disse o governador.

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