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Bolsonaro, Maia e Toffoli fazem pacto contra a Democracia

Xavier: só as ruas e juízes dignos desse nome podem impedir a consagração da ditadura
publicado 29/05/2019
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Quem gosta de pacto é a máfia! (Créditos: Marcos Corrêa/PR)

O Conversa Afiada publica sereno (sempre!) artigo de seu colUnista exclusivo Joaquim Xavier:

O restinho de Constituição que havia no Brasil não existe mais. A independência do Executivo, Legislativo e Judiciário, princípio básico da democracia, foi pisoteada durante um bizarro café da manhã reunindo os “presidentes” dos três poderes. Chamou-se este encontro de estilo mafioso de pacto pelo Brasil.

Qualquer estudante de curso secundário sabe que equilíbrio entre poderes não tem nada a ver com unanimidade entre eles. Cabe ao Executivo propor, ao Legislativo examinar e votar e ao Judiciário julgar se as decisões respeitam a vontade do povo expressa na Constituição. Tudo foi despejado na latrina junto com os restos do regabofe matinal desta terça-feira.

Que democracia pode haver se um triunvirato decide que todos devem agir como ordem unida para aprovar uma reforma como a da Previdência, rejeitada pela maioria do país? E outras “reformas”? Qual a autoridade de um presidente do Supremo para se comprometer a apoiar o fim da aposentadoria em nome de um colegiado teoricamente composto de onze juízes independentes? Aguarda-se a reação dos demais ministros da Corte. Vão se ajoelhar e submeter-se à condição de tchutchucas?

A esculhambação ultrapassou os limites. A demolição do Brasil avança a passos largos, sob o comando do imperialismo americano e seu CEO Paulo Guedes, a complacência dos militares, o aplauso dos banqueiros, a vibração da mídia gorda, a cumplicidade da elite do Judiciário e um tenente-capitão desmiolado.

É fácil prever que eventos como o massacre que acaba de acontecer em Manaus vão se repetir sob outras formas Brasil afora. Nas ruas, em manifestações, em chacinas nas periferias. A apologia do armamentismo e da eliminação de pobres e adversários, bem como a idolatria de milicianos pelo poder de plantão, dissolvem qualquer dúvida.

O país está sendo comandado por uma turma obstinada em liquidar conquistas sociais. O tal pacote anticrime de Sérgio Criminoso Moro é um passaporte para matar e inocentar assassinos. Durante o genocídio em Manaus, Moro dava palestras em Portugal. Dane-se o povo brasileiro. Este pessoal prefere discursar para trainees e endinheirados em Lisboa, Harvard, Nova York em vez de oferecer soluções para o Brasil.

Como bem disse Janio de Freitas em entrevista à Rádio Trianon, não se sabe como tudo vai acabar a seguir esta toada. A única certeza é a de que não vai acabar bem. Os fatos dão razão a ele.

Joaquim Xavier

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