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Após 39h, PM de Alckmin desocupa Avenida Paulista

Alckmin dá tratamento diferente a protesto por impeachment
publicado 18/03/2016
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tropa de choque

Tropa de Choque retira manifestantes da Avenida Paulista (Foto: Reprodução/TV Globo)

Saiu no G1:


Tropa de Choque retira com água manifestantes que interditam Paulista

PM usou cerca de cinco bombas de gás lacrimogêneo. Pequeno grupo contrário ao governo Dilma ocupou via por 39 horas.

Dois carros blindados da Tropa de Choque da Polícia Militar chegaram à Avenida Paulista às 8h30 desta sexta-feira (18) para retirar pequeno grupo de manifestantes contrário ao governo Dilma Rousseff e ao ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva que interditavam a via havia 39 horas.

Às 9h, os carros da polícia avançaram com jato d'água e retiraram os manifestantes que estavam em frente ao prédio da Fiesp (Federação das Indústrias do Estado de São Paulo. O protesto começou às 18h15 desta quarta-feira (16), segundo a Polícia Militar. Os policiais também usaram cerca de cinco bombas de gás lacrimogêneo. A PM não informou o total de manifestantes no protesto.

O G1 não viu nenhuma pessoa ferida e o a Polícia Militar não tinha informação de feridos. Os manifestantes ficaram molhados e um grupo seguiu protestando na calçada. "Só quem está molhado pode opinar", disse manifestante sobre a permanência ou não do ato na calçada.

(...)


Antes, o Conversa Afiada havia publicado isso:


Alckmin trata com carinho protesto por impeachment


Grupo contra PT fechou avenida por 24h; PM nada fez

Saiu no Globo:


Governo de SP dá tratamento diferente a protesto por impeachment

Enquanto MPL foi expulso da Paulista pela PM, grupo contra PT fechou avenida por 24h

SÃO PAULO - O governo de São Paulo tem dado um tratamento diferente aos manifestantes que ocupam desde as 20h de quarta-feira a Avenida Paulista para pedir o impeachment da presidente Dilma Rousseff e protestar contra o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva. Embora uma das principais avenidas de São Paulo tenha ficado bloqueada por mais de 24 horas, nada foi feito para liberar o trânsito. A situação é distante do que ocorreu no início do ano, quando atos contra o aumento da tarifa do transporte público foram dispersados à força pela Polícia Militar.

Em janeiro, jovens do Movimento Passe Livre (MPL) foram impedidos de fazer um protesto na esquina das ruas da Consolação e Avenida Paulista e no Parque Dom Pedro II, no centro, porque, segundo o governo estadual, não haviam divulgado previamente o trajeto do ato. Para desobstruir as avenidas e o terminal de ônibus, a Polícia Militar utilizou bombas de efeito moral, gás de pimenta e balas de borracha. Dezenas de pessoas ficaram feridas e receberam atendimento médico.

Na manhã desta quinta-feira, a história foi outra. Os manifestantes pró-impeachment resistiram ao pedido da PM para que liberassem a faixa de ônibus — eles poderiam ficar nas outras faixas. Diante da recusa, os policiais não tomaram nenhuma atitude.

— Estamos tentando fazer, através da negociação com os manifestantes, a liberação da faixa. Eles disseram que vão votar e nós vamos aguardar o tempo que for necessário. Não estamos aqui para criar conflito nem entrar em confronto com ninguém — disse o major Larry Almeida.

O número de policiais e o aparato utilizado por eles também é totalmente diferentes. Nas manifestações do MPL os policiais cercavam o ato, usavam escudos e armaduras e tinham o apoio de uma espécie de tanque de guerra comprado de Israel para conter distúrbios civis. Já nesta quinta-feira, o ato era acompanhado por policiais sem grande aparato. Nem a tese de que o movimento contra impeachment é pacífico justifica a diferença. Ao menos duas pessoas foram agredidas durante a tarde desta quinta-feira.

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Manifestante tira selfie com policiais (Foto: Daia Oliver/R7)