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Bláblárina: privilégio ela não vai ter

Modesta por fora arrogante por dentro.
publicado 01/10/2013
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O passarinho voou, voou, voou lá de Brasília, enfrentou a chuva, pousou aqui na janela de casa e disse:

“Privilégio a Bláblárina não vai ter”.

Mas, a que tipo de tipo de privilégio o amigo se refere ?, perguntou o ansioso blogueiro.

“Qualquer privilégio. Ela vai ser tratada como todos os outros partidos. Dura lex sed lex, no cabelo só Gumex !,” respondeu, levianamente, o interlocutor.

“Quer dizer que ela ser aprovada com umas 50 mil assinaturas penduradas, à espera de confirmação, nem isso ?

“Nem isso nem aquilo. Privilégio ela não vai ter”, disse o passarinho com ênfase.

“Ela vai ter que estar 100% dentro da Lei.”

Então, o que foi que aconteceu ?, perguntou o ansioso blogueiro.

Com todo esse prestígio na Economist, no Ataulfo Merval de Paiva (*), e morrer na praia ?, perguntou.

“É a falsa modéstia, meu querido”.

E explicou.

“Modesta por fora e arrogante por dentro.”

Ela começou tarde, explicou o passarinho, especialista em legislação eleitoral.

Achou que o Brasil ia se curvar diante dela, ia correr para assinar a petição e implorar para ela se vingar da Dilma.

O ansioso blogueiro resolver insistir.

Mas, isso deve ter raízes mais profundas, passarinho.

“Sim, a Bláblárina não conhece as manhas da Big House. A Big House deixa que uns passem da porta cozinha e entrem na sala. Se você sai da cozinha, entra na sala e pensa que é o rei da cocada preta, quebra a cara. Porque a Big House só deixou você passar para que os outros, os que ficam na cozinha, na lavanderia, no quintal, na garagem pensem que, um dia, podem chegar à sala ...”

Passarinho filósofo...


Paulo Henrique Amorim


(*) Ataulfo de Paiva foi o mais medíocre – até certa altura – dos membros da Academia. A tal ponto que seu sucessor, o romancista José Lins do Rego quebrou a tradição e espinafrou o antecessor, no discurso de posse. Daí, Merval merecer aqui o epíteto honroso de “Ataulfo Merval de Paiva”, por seus notórios méritos jornalísticos,  estilísticos, e acadêmicos, em suma. Registre-se, em sua homenagem, que os filhos de Roberto Marinho perceberam isso e não o fizeram diretor de redação nem do Globo nem da TV Globo. Ofereceram-lhe à Academia.E ao Mino Carta, já que Merval é, provavelmente, o personagem principal de seu romance "O Brasil".




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