Está na hora da CPI da Fraude da Globo
O Congresso voltou do recesso neste 1º de agosto.
O deputado delegado Protógenes recolhe assinaturas para criar a CPI da Fraude da Globo.
Como se sabe, a Rede Record, nesta quarta-feira, deu sequência às reportagens do Luiz Carlos Azenha e do Amaury Ribeiro Jr sobre a fraude fiscal da Globo, que se consumou na Ilhas Virgens.
O destemido deputado Fernando Ferro (PT-PE) chegou a conclamar os Catões da Lopes Quintas, o Ataulfo Merval (*) e o Jabor a manifestarem sua indignação diante de tal descalabro.
(Ele podia incluir o dos múltiplos chapéus e do Alexandre Maluf Garcia, que defendem com unhas e dentes a Moral e a Ética.)
Comentaristas do Conversa Afiada sugerem que a Globo crie, ao lado de seu “Impostômetro”, tão frequente nos telejornais (sic) do Gilberto Freire com “i”(**), um “Sonegômetro” para atualizar, minuto a minuto, o valor da dívida da Globo com a Receita.
Como se sabe, uma dívida com a Receita se corrige pela taxa SELIC (que, ironicamente, a Urubóloga costuma sugerir que aumente, aumente …).
Assim, a dívida inicial deve beirar hoje qualquer coisa perto de R$ 1 bilhão e meio.
Nem a filha do Cerra nem o Jorge Paulo Lehmann, seu sócio numa sorveteria, tem bala para pagar uma multa dessas. Clique aqui para conhecer a mansão do filho do Lula.
Ou seja, ou a Globo quebra a Dilma, ou a Receita quebra a Globo – simples assim.
Agora, com a reabertura das atividades do Congresso será interessante observar quem NÃO vai assinar a CPI da Globo.
Será mais importante do que acompanhar quem vai assinar.
Por exemplo, o PDT do Brizola e do Miro … do Pauzinho do Dantas, do Cristovam Buarque, notável articulista de O Globo … o PDT vai assinar ?
E o PT que plimpa … vai assinar ?
Será bom saber quem não assina.
Para botar o nome na pedra de 2014.
Paulo Henrique Amorim
(*) Ataulfo de Paiva foi o mais medíocre – até certa altura – dos membros da Academia. A tal ponto que seu sucessor, o romancista José Lins do Rego quebrou a tradição e espinafrou o antecessor, no discurso de posse. Daí, Merval merecer aqui o epíteto honroso de “Ataulfo Merval de Paiva”, por seus notórios méritos jornalísticos, estilísticos, e acadêmicos, em suma. Registre-se, em sua homenagem, que os filhos de Roberto Marinho perceberam isso e não o fizeram diretor de redação nem do Globo nem da TV Globo. Ofereceram-lhe à Academia.E ao Mino Carta, já que Merval é, provavelmente, o personagem principal de seu romance "O Brasil".
(**) Ali Kamel, o mais poderoso diretor de jornalismo da história da Globo (o ansioso blogueiro trabalhou com os outros três), deu-se de antropólogo e sociólogo com o livro “Não somos racistas”, onde propõe que o Brasil não tem maioria negra. Por isso, aqui, é conhecido como o Gilberto Freire com “ï”. Conta-se que, um dia, D. Madalena, em Apipucos, admoestou o Mestre: Gilberto, essa carta está há muito tempo em cima da tua mesa e você não abre. Não é para mim, Madalena, respondeu o Mestre, carinhosamente. É para um Gilberto Freire com “i”.