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Alckmin foi o único a apoiar Haddad

Só um governador tucano pareceu entender que ceder era um risco político limitado a dois.
publicado 20/06/2013
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- Prefeito, o que o senhor fizer, eu acompanho. Sua encrenca é maior do que a minha.

Essa foi a frase com que o governador do PSDB de São Paulo, Geraldo Alckmin, recebeu o prefeito do PT, Fernando Haddad, no Palácio do Governador.

Haddad tinha decidido reduzir a tarifa depois de duas notícias decisivas.

Primeiro, o prefeito do Rio, Eduardo Paes, telefonou para dizer que ia recuar.

Depois, o Ministro Mantega deu uma entrevista para dizer que não haveria mais desonerações.

Não haveria mais como insistir em manter os R$3,20.

Ele, sim, recebeu pressão da direção do PT – clique aqui para ler “Rui Falcão – o PT vai às ruas”.

Desde o início do processo, ele recebia emanações do Palácio do Planalto para ceder.

O Governo Dilma em toda a sua extensão parecia sentir os efeitos das pesquisas de opinião.

Nem Lula o pressionou para ceder, ontem.

Haddad e sua equipe sentiam que Lula parecia inclinado a esperar, como combinado entre Haddad e os jovens do MPL, até sexta-feira.

Mas, ontem, Paes e Mantega o convenceram de que estava praticamente só.

Mesmo que o “conselho” político dele se mantivesse a seu lado, com uma exceção.

Mantega tirou o tapete.

E Paes pulou fora.

Só um governador tucano pareceu entender que ceder era um risco político limitado a dois.

Todos quiseram ser “democráticos” com o pescoço deles – de Alckmin e Haddad.


Paulo Henrique Amorim