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MP se infiltra nas manifestações

MP pode investigar. Mas não pode fazer o país refém.
publicado 17/06/2013
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A cobertura da GloboNews ao longo da tarde e início da noite  – clique aqui para ler sobre o que a âncora viu e o que não viu - revela uma sutil infiltração dos defensores do Ministério Público nas manifestações.

Os infiltrados reagiam à PEC-37, que pretende evitar que o MP se torne o DOI-CODI da Democracia.

Ou, como disse o Sepúlveda Pertence, um dos primeiros a ocupar a Procuradoria Geral, ao se referir ao Ministério Público: “criei um monstro !”

Os “manifestantes” acusam a PEC-37 de “PEC da impunidade”: de querer calar o MP e, portanto, deixar a roubalheira correr solta.

Papo furado.

O que está em jogo é muito mais: é o Gurgel ter um Guardião para grampear sabe-se lá quem.

Em curso, há uma negociação no Congresso – de resto, refém do Ministério Público como qualquer servidor público - para discutir a PEC-37 e enquadrar o Ministério Público nas regras da normalidade democrática – retirar seu caráter “monstruoso”, diria o Pertence.

Regrinhas elementares, que os policiais já são obrigados, por Lei, a cumprir:

- quem investiga não denuncia;
- quem denuncia não julga;
- não pode haver monopólio da investigação, mas o Procurador não pode escolher o que bem entender investigar;
- tem que respeitar regras para quebrar sigilos, especialmente o telefônico.


O ansioso blogueiro, por exemplo, gostaria de saber o que o Gurgel, que o Collor chama de prevaricador, captou das conversas do Demóstenes...

Conheça algumas sugestões sensatas para acrescentar à discussão da PEC-37, de autoria do deputado José Genoino:

Genoino apresenta contribuição à Bancada do PT sobre a PEC 37


Em tempo: a comentarista Cristiana Globo prestou relevante serviço para transformar a PE-37 numa das prioridades dos manifestantes.  


Paulo Henrique Amorim