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Ciro: Eduardo é candidato para que ?

Para ocupar a Direita, como o Campriles. A Big House não confia mais no Cerra e no Aécio.
publicado 03/05/2013
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Saiu no TribunaHoje:

De Ciro Gomes para Eduardo Campos: ‘Para quê ser candidato?’


Em reforço à pregação do irmão, o governador cearense Cid Gomes insinua que, hoje, a candidatura de Eduardo é um desserviço ao PSB

Estrela da seção cearense do PSB, o ex-ministro Ciro Gomes disse que o presidente da legenda, Eduardo Campos, “está desafiado a responder duas perguntas: 1) por que o partido não teve candidato quando a Dilma era uma desconhecida e nós resolvemos apoiá-la, e agora teremos, quando ela está postulando a reeleição com dois terços de aprovação popular recorde? 2) Para quê ser candidato?”.

Ciro borrifou as duas indagações numa rápida entrevista ao repórter Eliomar de Lima, em Fortaleza. Num instante em que Eduardo Campos frequenta o noticiário agarrado ao bordão “é possível fazer mais”, seu companheiro de partido parece achar que, antes de fazer, é preciso explicar um pouco mais: “Se nós temos alguma ideia, temos que colocar em debate agora porque o Brasil está precisando, o governo tem muito problema.”

Navalha

O Conversa Afiada ousa responder à pergunta “para quê ser candidato ?”:

- para ser o Viagra do PSDB;

- para levar a eleição ao segundo turno;

- com a ajuda do jornal nacional e do STF, dar um Golpe paraguaio e devolver o Brasil aos tucanos do Edmar Bacha, que só têm uma ideia na cabeça: entregar;

- para merecer uma colona (*) do Ataulfo Merval de Paiva (**);

- para continuar a mandar em Suape, em parceria com o Pauzinho do Dantas e o imaculado banqueiro, o campeão do boicote à MP dos Portos; rachar o PSB ao meio e marginalizar o Ceará;

- ser o Eduardo Campriles brasileiros, autor de notável carta e sentar no trono da Direita, do “lado de lá”- clique aqui para ler “Fernando Lyra, o que interessa é o rumo” -, com a falência do Padim Pade Cerra e a irrelevância do Aécio Never

- para lembrar de Miguel Arraes e o Golpe contra Jango – clique aqui para ler “Comissão se mexe e exuma corpo de Jango”, embora morra de medo de Tio Sam: Eduardo Campriles, hoje, desempenha o papel de JK e Amaury Kruel. Os dois traíram Jango e entregaram o poder a Lincoln Gordon, chefe do Estado Maior da Operação Brother Sam.

- para comprovar que o Janio de Freitas tinha razão: Eduardo é um embuste como aliado e como crítico.

Triste fim.

Eduardo vai acabar no colo daquele que o Ciro diz que passa por cima da mãe com um trator.

Eduardo, parece, passa por cima da memória do avô.

 



Paulo Henrique Amorim


(*) Não tem nada a ver com cólon. São os colonistas do PiG que combateram na milícia para derrubar o presidente Lula e, depois, a presidenta Dilma. E assim se comportarão sempre que um presidente no Brasil, no mundo e na Galáxia tiver origem no trabalho e, não, no capital. O Mino Carta costuma dizer que o Brasil é o único lugar do mundo em que jornalista chama patrão de colega. É esse pessoal aí.

(**) Até agora, Ataulfo de Paiva era o mais medíocre dos imortais da história da Academia Brasileira de Letras. Tão mediocre, que, ao assumir, o sucessor, José Lins do Rego, rompeu a tradição e, em lugar de exaltar as virtudes do morto, espinafrou sua notoria mediocridade.