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PM de SP: “manda sua Presidenta falar comigo”

Extraído do Viomundo e do Blog do Nassif: Secretário de Articulação Social relata ação no Pinheirinho.
publicado 31/01/2012
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Extraído do Viomundo e do Blog do Nassif:

Secretário de Articulação Social relata ação no Pinheirinho


Por Marco Antonio L.


Paulo Maldos: “Você volta e manda sua presidenta falar comigo”


depoimento parcial de Paulo Maldos, secretário nacional de Articulação Social, durante audiência pública na Câmara Municipal de São José dos Campos sobre a desocupação violenta do Pinheirinho


Transcrição publicada no blog Partido da Imprensa Golpista, sugerido pelo professor3f


Boa noite. Eu queria esclarecer que a minha presença naquela manhã se deu devido a um acordo da Presidência da República porque entendemos que haveria um tempo de 15 dias de estudar uma solução.


Como havia este tempo, a partir daquele final de semana iríamos trabalhar já a partir daquele momento. Trabalhavamos junto ao prefeito, ao governador. Eu fiquei incumbido de falar com a comunidade. Procurar as alternativas. Construir casas. Procurar terrenos. Solucionar. Eu vim numa missão de escuta. Tinha marcado nove da manhã, ainda por celular soube que havia um cerco na comunidade.


p>Não quis acreditar por conta do pacto. Eu não entendi como poderia estar cercado militarmente aquela comunidade. Eu cheguei e me deparei com uma situação bastante crítica. Um cerco militar com escudos escrito choque.


Eu quis acessar o comando. Me dirigi até o grupo de soldados, quando cheguei até uns oito metros. E fui advertido que parasse e vi armas em minha direção.


Dei a volta e fiquei a uns vinte metros de distância. E conversando com a população, de repente sem mais nem menos, eu senti um ferimento, eu recebi uma bala na perna esquerda. Procurei me esconder. Esta tropa veio atacando a população.


Eu fiquei por nove horas no bairro. Sofremos ondas de ataque. Haviam cercado o Pinheirinho. Pude perceber ataques cada vez mais prolongados. Jogando bombas. Notícias de senhoras sendo espancadas. Por volta de onze da manhã, tentei acessar o comando da operação.


Voltei fiquei falando com os jornalistas. Fomos chamados por um grupo de oficiais. Eu tentei ir junto, mas fui barrado. Apresentei meu cartão da Presidência da República. Com brasão. Secretaria Nacional. Ele leu e falou que eu não entrava. Ele falou você : você volta e manda sua presidenta falar comigo (murmuros).

Navalha

Três dias antes do Massacre, o senador Eduardo Suplicy e deputados federais (entre eles, Ivan Valente, do PSOL) e estaduais firmaram com os advogados da massa falida e da Selecta, a empresa falida de Naji Nahas, que jamais pagou IPTU em Pinheirinho, um acordo homologado pelo juiz da Vara de Falencias que suspenderia por 15 dias a reintegração de posse.

A Justiça de São Paulo revogou este acordo, com o argumento de que o que se passava com o julgamento da reintegração (de responsabilidade da Juiza Marcia Loureiro – clique aqui para ver vídeo impressionante sobre o depoimento da Juiza Marcia e o papel exemplar da PM de São Paulo e aqui para ler sobre “Eichmann, Hannah Arendt e Machado de Assis”) não tinha nada a ver com o que se passava na ação da falência.

Como se sabe, São Paulo ganhou a Guerra a Secessão de 1932.

Clique aqui para ler sobre a relação carnal entre o ramo imobiliário e os tucanos de Pinheirinho.

 




Paulo Henrique Amorim