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Cerra vive na Marcha do Milhão. Ou será o Kaká ?

Não se trata, aqui, de analisar o fenômeno religioso do pentecostalismo brasileiro.
publicado 26/06/2011
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Amiga navegante chama a atenção para a recente Marcha do Milhão em São Paulo, que reuniu religiosos  de várias denominações para protestar contra o Supremo, que assegurou a liberdade de expressão pela maconha e o direito à união gay.

A amiga navegante chama a atenção para o significado político do evento.

Basta lembrar a plataforma eleitoral que sustentou as campanhas do Padim Pade Cerra e da Bláblárina.

Acreditar que eles se beneficiaram do voto verdista é acreditar em disco voador.

O verdismo é a ideologia do neoliberalismo sobrevivente e irrelevante do ponto de vista eleitoral.

O que impulsionou Cerra e a Bláblárina foi um udenismo anti-petista enraizado na história política do país associado a um movimento subterrâneo que os organizadores da Marcha do Milhão sabem coodificar.

Não se trata, aqui,  de analisar o fenômeno religioso do pentecostalismo brasileiro.

Mas, sua face política.

E sua estrutural ligação com um sentimento conservador, com variantes fundamentalistas.

Ele tem peso político que o Cerra e a Bláblárina souberam explorar.

Cerra, então, recorreu ao que Ciro Gomes chamou de calhordice: colar na Dilma o estigma do aborto ilegal (no Chile, pode).

A Igreja Catolica, como se sabe, desde João Paulo II filiou-se à Opus Dei franquista.

O Cerra corre hoje o risco de ser tragado nas batalhas provinciais - na penúria, diria o Deda - do PSDB de São Paulo.

A Bláblárina foi devidamente tragada pelos altos princípios filosóficos dos verdes de São Paulo.

Do ponto de vista da eleição, isso não tem importância.

A Marcha do Milhão vai ser decisiva em 2014.

Com o  Luciano Huck.

Ou o Kaká.


Paulo Henrique Amorim