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Informação privilegiada vale ouro

Vermelho: "Informação é preciosa para negócios, diz Carlos Lessa"
publicado 09/06/2011
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Saiu no Vermelho:

Informação é preciosa para negócios, diz Carlos Lessa


Em entrevista à jornalista Luciana Nunes Leal, o ex-presidente do BNDES na primeira gestão Lula diz que empresas pagam pelas relações com um ex-ministro tendo em vista informações privilegiadas.


Presidente do BNDES entre janeiro de 2003 e novembro de 2004, no primeiro mandato do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva, o economista Carlos Lessa diz que ficou "muito irritado" ao tomar conhecimento do argumento de Antonio Palocci de que a passagem pelo Ministério da Fazenda, o BNDES ou o Banco Central "proporciona uma experiência única que dá enorme valor a estes profissionais no mercado".


Embora não tenha sido citado pelo ministro, Lessa diz que não aceita ser jogado "na vala comum". O economista conta que fez uma única palestra para uma empresa privada, pela qual cobrou R$ 4 mil, "para ajudar no armazém", brinca.


Ele afirma que nunca foi convidado para ser membro de conselho de empresa privada, prestar consultoria ou coisas do gênero. “O setor privado sabe que eu jamais usaria minhas relações para facilitar negócios”, alfinetou.


“É evidente que todo homem que teve função importante na máquina pública tem enormes contatos”, acrescentou. “Ele tem a possibilidade da inside information, que é a coisa mais preciosa que existe no mundo de negócios. Se você fizer uma lista dos milionários que surgiram a partir dessas presidências e diretorias (de bancos estatais e ministérios), é impressionante.”


- Fiquei muito irritado quando o Palocci disse que qualquer um cai nisso. Eu não caio. Fui colocado em uma vala comum. Não há nada mais precioso do que os cadernos de contatos que você tem. Isso faz com que o currículo de quem sai da máquina pública tenha muito valor. Não acho que o Palocci esteja dizendo qualquer mentira, não. Ele deve mesmo ter ganho muito dinheiro honestamente...


Lessa destacou que não quer fazer julgamento moral sobre os fatos que resultaram na queda de Polocci. “Em qualquer dessas coisas existe quem paga e quem recebe. A imoralidade é uma parceria. A empresa privada não paga pela competência, paga por tudo isso que eu falei [ou seja, informações privilegiadas]”.


Experiência sim, mas não técnica e conceitual. É principalmente a capacidade que o cara tem de andar por dentro da máquina pública. O cliente está pagando US$ 100 mil por uma conferência para quê? É muito claro. Ele informou que cobrou por uma palestra que fez e recebeu R$ 4 mil. “Fiz uma palestra sobre crise mundial, coisa de que eu entendo como economista. Normalmente, faço conferência de graça porque as instituições que me convidam são pobres. Como era uma instituição que tem caixa, cobrei R$ 4 mil. Para ajudar no armazém.”


Fonte: Controvérsia.com

Em tempo: este ansioso blogueiro leu em algum ponto da blogosfera que o ex-governador do Rio Grande do Sul Olívio Dutra voltou a dar aula e vai ao trabalho de ônibus.