Política

Você está aqui: Página Inicial / Política / 2011 / 02 / 08 / Presidenta trancou o alambrado do Cunha e do Alves. O PMDB rachou

Presidenta trancou o alambrado do Cunha e do Alves. O PMDB rachou

Estava na cara que a presidenta Dilma ia isolar o Cunha e o Alves.
publicado 08/02/2011
Comments

 


O Conversa Afiada mostrou como a JK de saias – ela vai inaugurar uma obra toda terça-feira – cercou o alambrado do Cunha e perguntou “quem o Alves pensa que é ?”.

Estava na cara que a presidenta ia isolar o Cunha e o Alves.

O Cunha, como se sabe, sem Furnas é a Paris Hilton sem fotógrafo.

Agora, começa a surgir dentro do PMDB um grupo indignado com o toma-lá-dá-cá do sistema “Cunha-Alves”.

Este Conversa Afiada, sempre atento às raízes clássicas da Cultura Ocidental, sugeriu que o vice presidente (ele não é co-presidente) Michel Temer erigisse um panteão – como o Panteão de Agripa, em Roma - na porta de seu gabinete.

Ele teria as efígies do Cunha, do Alves e do Wellington Moreira Franco – os guardiões da Moral do PMDB.

Deste movimento renovador no PMDB fazem parte senadores com a respeitabilidade do Simon e do Requião.

Essa Dilma ...

Saiu no Globo online: 

PMDB lança manifesto contra fisiologismo do partido


Gerson Camarotti


BRASÍLIA - Em reação às ameaças constantes de líderes peemedebistas por cargos no governo, um grupo de 12 deputados do PMDB decidiu abrir a primeira dissidência formal na bancada e lança nesta terça-feira um manifesto contra o fisiologismo do partido, nas negociações por espaço no governo Dilma Rousseff. O movimento começou a ser organizado nas últimas semanas, mas foi antecipado devido ao forte desgaste na imagem do PMDB, principalmente após as ameaças feitas pelo líder da bancada, deputado Henrique Eduardo Alves (PMDB-RN), para manter o comando de Furnas nas mãos do deputado Eduardo Cunha (PMDB-RJ) .


"A história e a imagem do PMDB ficaram desgastadas por conta dessa prática fisiológica "


A corrente intitulada "Afirmação democrática" funcionará como uma reedição dos "Autênticos do MDB", que, nos anos 70, lutaram pela redemocratização. A expectativa é que, a curto prazo, o movimento alcance 20 deputados e, depois, receba o apoio de senadores como Jarbas Vasconcelos (PMDB-PE), Pedro Simon (PMDB-RS), Luiz Henrique (PMDB-SC) e Roberto Requião (PMDB-PR). O grupo tem deputados governistas e oposicionistas; o principal objetivo é resgatar a bandeira da ética e a recuperar a imagem do partido.


- A história e a imagem do PMDB ficaram desgastadas por conta dessa prática fisiológica. Vamos mostrar que queremos distância disso. Nós somos um grupo de deputados que quer resgatar a identidade do partido. De forma clara, vamos condenar essa sofreguidão por cargos. O que fica disso tudo é a sinalização de que o PMDB quer cargos para fazer negócios. Chega ao absurdo de ser feita pressão pública pelo Twitter - reagiu o deputado Raul Henry (PMDB-PE), numa referência aos ataques feitos por Eduardo Cunha, durante a crise de Furnas.


Pressão por cargos em Furnas foi criticada


Entre os integrantes da nova corrente peemedebistas estão os deputados Osmar Terra (RS), Darcízio Perondi (RS), Osmar Serraglio (PR), Edinho Bez (SC), Mauro Mariani (SC) e Fábio Trad (MS). Ex-deputados como Ibsen Pinheiro, atual presidente do PMDB do Rio Grande do Sul, também apoiam a nova tendência. A crise de Furnas acabou traumatizando muito o grupo.

- Essa cobrança por cargos em estatais é uma discussão cheia de suspeita. Isso é uma tragédia para o nosso eleitor. Temos bandeiras e propostas para o Brasil. Não queremos discutir a indicação do diretor financeiro de Furnas. O partido pode pleitear cargos. Mas essa não pode ser a única pauta - criticou o deputado Osmar Terra, também integrante da "Afirmação Democrática".


- Detectamos o ônus da imagem do partido no último processo eleitoral. Hoje temos uma imagem estigmatizada pelo fisiologismo - reforçou Raul Henry.


Além da nova tendência, há uma insatisfação generalizada com Henrique Eduardo Alves pela condução das negociações nos cargos de segundo escalão e no Ministério. A avaliação é a de que Alves está expondo o partido e não tem conseguido manter os cargos que o PMDB ocupava no governo Lula. Novas dissidências podem ser abertas na bancada.