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Nuzman e Grynner explodem no colo da Globo

Lava Jato vai pra cima? Ou não vem ao caso?
publicado 05/10/2017
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Grynner era o dono da bola - como levantador e cortador (Reprodução: Rede Globo)

Os chefões do esporte olímpico brasileiro, Nuzman e Grynner, geneticamente unidos à Globo Overseas, como a CBF e a FIFA, foram encaminhados à cadeia pela Lava Jato do Rio:

Lava-Jato prende Nuzman e seu braço direito, Leonardo Gryner


Em novo desdobramento da Operação Unfair Play, a força-tarefa da Lava-Jato prendeu temporariamente o presidente do Comitê Olímpico Brasileiro (COB), Carlos Arthur Nuzman, e seu braço direito Leonardo Gryner, como antecipou o colunista do GLOBO Lauro Jardim. Na segunda-feira, o GLOBO mostrou que Gryner se reuniu em um hotel em Paris, em 2009, com o empresário Arthur Soares, acusado de pagar milhões em subornos ao ex-governador Sérgio Cabral e atualmente foragido.

O “Rei Arthur”, apelido de Soares, é apontado pelo Ministério Público Federal (MPF) como responsável pelo pagamento de US$ 2 milhões (R$ 3,5 milhões, na cotação da época) em propina ao senegalês Papa Massata Diack.

Segundo o MP francês, em troca, o pai dele, Lamine Diack, à época presidente da Federação Internacional de Atletismo (IAAF), votaria na candidatura do Rio durante a eleição realizada pelo Comitê Olímpico Internacional (COI), no dia 2 de outubro de 2009, na Dinamarca.

As novas provas que basearam o pedido de prisão temporária — com duração de cinco dias renováveis por mais cinco — contra o presidente do COB e seu braço-direito são e-mails encontrados no Comitê trocados entre Nuzman, Gryner e Papa Diack. Numa das mensagens, Papa Diack escreveu para Nuzman sobre Gryner:

"Nós estamos na sexta feira, 11 de dezembro de 2009, e meu banco Societé General de Senegal ainda não recebeu nenhuma transferência SWIFT de sua parte. Eu tentei falar com Leonardo Gryner diversas vezes mas não houve resposta. Você poderia verificar com ele [Gryner] se ele pode confirmar 100% que as transferências foram feitas a meus endereços em Dacar ou em Moscou (BSGV) [Banque Societé General Vostok]".
Mensagem de e-mail trocada por Papa Diack e Carlos Arthur Nuzman - Reprodução

Em outra mensagem, o Ministério Público aponta que há indícios de que podem haver outros delegados envolvidos na compra de votos para eleger o Rio a cidade sede dos Jogos de 2016. Segundo o e-mail, Papa Diack (como consultor de marketing da IAAF e CEO da empresa Pomodzi Sports Marketing) pede, mais uma vez, a Carlos Nuzman que dê a posição para “resolver o problema para a satisfação de todas as partes”, pois “tem encontrado todo tipo de problemas com a implementação/execução do problema anexo”.

Ao esclarecer o citado “problema” diz: "(...) Estou me referindo à sua amável assistência para resolver isso. Nós temos enfrentado de nosso lado todo tipo de constrangimento de pessoas que confiaram no nosso comprometimento em Copenhague. Por favor, me dê uma posição final e oficial a respeito de como podemos resolver esse assunto com a satisfação de todas as partes. Por favor aceite as desculpas e mensagem de amizade do meu pai [Lamine Diack]. Eu tenho notado a bondade e diligência da Sra. Maria Pedroso que tem se comunicado comigo quase toda semana", escreveu.

Mais uma mensagem enviada por Papa Diack ao presidente do COB, Carlos Arthur Nuzman - Reprodução

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