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A notícia que o PIG gostaria de dar. E deu

O PIG não ganha eleição...
publicado 13/03/2013
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Por sugestão de amigo navegante, o Conversa Afiada reproduz o desejo do PIG (*) que se tranformou em post no blog de colonista (**) que já havia chamado o ex-supremo presidente do supremo de Gilmar Dantas (***):

 

Dom Odilo, Cardeal de São Paulo, é o novo papa, por Maurício Savarese



O primeiro latino-americano a se tornar papa. O chefe de uma das maiores arquidioceses do mundo que se tornou o sumo pontífice da igreja universal. O sucessor de Pedro incumbido de refazer as pontes com o continente mais católico do mundo, com 39% dos 1,2 bilhão de fieis.

Não faltam símbolos para reescrever a biografia de dom Odilo Scherer, 63 anos de idade, que agora atende pelo nome de xxx. O gaúcho de Cerro Largo é o sucessor do primeiro papa renunciante em quase 600 anos, Bento XVI.

Vindo de uma família alemã, Scherer começou sua carreira na igreja com estudos em Roma, Cidade Eterna da qual se tornou bispo, na Pontifícia Universidade Gregoriana. Isso lhe garantiu um italiano quase sem sotaque -- fundamental para quem exerce o cargo máximo da igreja.

De 1994 a 2001 trabalhou na poderosa Congregação para os Bispos no Vaticano, o que certamente melhora suas credenciais para reformar a administração da Igreja Católica. Na eleição, isso pode ter-lhe dado muitos votos da Cúria Romana.

Em seguida veio sua primeira experiência pastoral -- um desejo dos cardeais para o próximo pontífice --, como bispo-auxiliar em São Paulo. Ficou dois anos.

Ganhou os conservadores e desviou-se das restrições dos moderados já que não atacou insistentemente a Teologia da Libertação, uma corrente esquerdista popular na América Latina e odiada no Vaticano. Para Scherer, a corrente erra ao se ligar ao marxismo, mas tem um “respeitável” compromisso com os mais pobres.

Em 2003 foi eleito secretário-geral da CNBB (Conferência Nacional dos Bispos do Brasil). Sua carreira parecia tão planejada que colegas o viam em breve como arcebispo de São Paulo e, em seguida, cardeal. E foi isso que aconteceu em 2007. Arcebispo pouco antes da visita do então papa Bento XVI ao Brasil e logo depois cardeal.

O novo posto de largo prestígio o deixou mais assanhado politicamente, o que talvez nem todos os 115 votantes do conclave soubessem, já que a fama internacional do brasileiro, até sua vitória, era modesta.
Sua passagem pela máquina da Congregação dos Bispos é quase necessariamente discreta para todos os que lá trabalham -- principalmente para que evitem o rótulo de inquisidor.

Em 2010, já um peso pesado na política eclesiástica latino-americana, dom Odilo se meteu nas eleições presidenciais: cobrou dos principais candidatos, Dilma Rousseff (PT) e José Serra (PSDB), um “posicionamento claro” na questão do aborto, o que foi interpretado por governistas como uma ajuda ao seu amigo tucano, já que a petista tinha se contradito sobre o assunto. A audácia do arcebispo torceu narizes na CNBB, mas seu poder não se abalou.

Quando o STF (Supremo Tribunal Federal) decidiu em 2012 autorizar a interrupção de gravidez de anencéfalos (crianças que nascem sem o cérebro e têm poucas horas de vida), Scherer disse que a corte não tinha o direito de dizer quem merece existir. Alguns dos mesmos narizes que se torceram em 2010 respiraram aliviados.

O estilo de Scherer agradava Bento XVI. Primeiro pela condenação daquilo que o próprio brasileiro chama de “padres showman”, como Marcelo Rossi, ainda que eles levem mais de um milhão de pessoas a suas cerimônias cheias de música e água benta lançada aos baldes. Em segundo lugar pela ortodoxia doutrinária.

Há poucos anos, Joseph Ratzinger fez de Odilo Scherer um dos dois latino-americanos no Pontifício Conselho para Promoção da Nova Evangelização, que ensaiava as mudanças que o próximo papa poderá promover. O brasileiro também é favorável a uma comunicação mais direta entre a Igreja Católica com os fiéis, com menos palavrório.

Teve de superar informações plantadas contra ele na imprensa italiana e o desconhecimento da maioria. Conseguiu disfarçar o tom duro que usava com a imprensa em seus tempos de CNBB e arcebispo de São Paulo. Terá outro obstáculo a vencer como chefe da Igreja Católica: se é politicamente ágil, dom Odilo não é carismático como muitos cardeais desejariam para que assim injetasse ânimo no catolicismo.


Seus desafios não serão poucos: reformar a Cúria Romana, envolta em uma série de crises, reavaliar as pontes com os países emergentes onde vive a maioria dos 1,2 bilhão de católicos e reanimar a base da Igreja Católica na Europa.


(*) Em nenhuma democracia séria do mundo, jornais conservadores, de baixa qualidade técnica e até sensacionalistas, e uma única rede de televisão têm a importância que têm no Brasil. Eles se transformaram num partido político – o PiG, Partido da Imprensa Golpista.


(**) Não tem nada a ver com cólon. São os colonistas do PiG que combateram na milícia para derrubar o presidente Lula e, depois, a presidenta Dilma. E assim se comportarão sempre que um presidente no Brasil, no mundo e na Galáxia tiver origem no trabalho e, não, no capital. O Mino Carta  costuma dizer que o Brasil é o único lugar do mundo em que jornalista chama patrão de colega. É esse  pessoal aí.


(***) Clique aqui para ver como eminente colonista do Globo se referiu a Ele. E aqui para ver como outra eminente colonista da GloboNews e da CBN se refere a Ele. E não é que o Noblat insiste em chamar Gilmar Mendes de Gilmar Dantas ? Aí, já não é ato falho: é perseguição, mesmo. Isso dá processo…