Com Haddad, vai chover em SP (e no jn)

Uma das grandes obras do Padim Pade Cerra, o Breve, na Prefeitura da Chuíça (*) foi o projeto de reforma urbana do Jardim Romano.

E o jênio conseguiu fazer com que o Jardim Romano, um bairro pobre, de maioria nordestina, ficasse alagado meio ano, com chuva ou sem chuva.

Cerra conseguiu provar ao Gilberto Freire com “i” (**) que a culpa dos problemas do Jardim Romano – e de toda a São Paulo – vinha de Deus.

Especialmente, o alagamento dos rios, apesar de não ter construído os reservatórios planejados.

Claro, a empresa encarregada, a Sabesp, estava preocupada em demonstrar aos moradores do Acre que o Cerra merecia ser Presidente da República.

(À Sabesp, provavelmente, caberia a Obra-Mestra da campanha de Cerra em 2010 – um cano que ia de Sergipe ao Ceará. O que iria dentro do cano permanece um mistério profundo.)

Como se sabe, sem o PiG (***) esses tucanos de São Paulo não passavam de Resende.

Assim que, no verão, quando chovia na São Paulo do Breve Governo,  não caía um pingo no jn.

Só chovia no Rio, em governos que não são automaticamente alinhados aos “torturadores modernos” (não deixe de votar na enquete “qual o torturador moderno da sua preferência ?”.)

Chovia no Rio por culpa da Dilma e do Lula, que não continham as encostas, não reconstruíam as casas, já que o PAC, por definição, estava empacado.

E assim, seco e protegido, Cerra caminhava para a eleição.

A chuva caí em balde no Sudeste, menos na São Paulo do Breve.

Agora, vai chover canivete em São Paulo.

Aquele repórter da GloboNews, que anunciou a Hecatombe Universal em Nova Friburgo, na região serrana do Rio, e, hoje, cobre a Hecatombe do Governo trabalhista, será re-designado para cobrir o afundamento do Governo Haddad.

Aquele outro, que, no desastre da TAM, produziu uma moedinha de um Real para provar que o Lula não puxou o freio, talvez seja obrigado a deixar Nova Iorque para instalar-se numa barranca do Tietê.

Só não vai chover em Belo Horizonte e em Manaus …

A São Paulo, o jn dedicará edições comoventes.

Muitas lágrimas serão derramadas nas costas do Haddad.

E o Jardim Romano ?

Culpa do Lula …


Paulo Henrique Amorim


(*) Chuíça é o que o PiG (***) de São Paulo quer que o resto do Brasil ache que São Paulo é: dinâmico  como a economia Chinesa e com um IDH da Suíça.

(**) Ali Kamel, o mais poderoso diretor de jornalismo da história da Globo (o ansioso blogueiro trabalhou com os outros três), deu-se de antropólogo e sociólogo com o livro "Não somos racistas", onde propõe que o Brasil não tem maioria negra. Por isso, aqui, é conhecido como o Gilberto Freire com ï". Conta-se que, um dia, D. Madalena, em Apipucos, admoestou o Mestre: Gilberto, essa carta está há muito tempo em cima da tua mesa e você não abre. Não é para mim, Madalena, respondeu o Mestre, carinhosamente. É para um Gilberto Freire com "i".

(***) Em nenhuma democracia séria do mundo, jornais conservadores, de baixa qualidade técnica e até sensacionalistas, e uma única rede de televisão têm a importância que têm no Brasil. Eles se transformaram num partido político – o PiG, Partido da Imprensa Golpista.