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Os 10 mandamentos da editoria “o Brasil é uma m...”

Nada funciona num Governo trabalhista. Se funcionar tem um defeito, e, aí, sempre cabe um “mas”.
publicado 27/12/2012
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Como se sabe o jornal nacional do Gilberto Freire com “i” (*) tem várias editorias.

A mais importante, é a do “Esporte”, que, na verdade, não passa de vitrine do “Esporte” que a Globo monopoliza: o Brasileirinho, a F-1 do Bernie Ecclestone (Ah!, se a Graça Forster sabe das peraltices do Bernie) etc etc.

Tem a editoria internacional, que cobre os eventos do mundo da perspectiva do Departamento de Estado dos Estados Unidos.

(Tal qual o colonista (**) dos múltiplos chapéus, a editoria tem pavor da política externa independente do Lula e do Celso Amorim, que ele chama de “diplomacia dos atabaques”(Êpa ! Êpa !) - clique aqui para ler “Trair o Lula é o que a Casa Grande reserva à Dilma”).

Tem a editoria inspirada em Onan: trata das novelas, celebridades da Globo em circunstâncias irrelevantes, e seus heróis domésticos, como foi no lançamento do livro sobre o pai do Roberto Marinho, Irineu Marinho, que dirigiu o O Globo por três semanas e morreu.

A editoria mais importante, aquela que define o jornal nacional é a “o Brasil é uma m...”.

É a editoria que explica por que a “Globo cresce tanto no Governo Dilma”: um crescimento do volume publicitário físico, percentual e no market-share; clique aqui para votar na trepidante enquete “É o BV do Governo o que salva a Globo?”.

A editoria “o Brasil é uma m...” segue rigorosamente um decálogo que o Gilberto Freire com “i” (*) recolheu no Monte Sinai.

O Conversa Afiada teve acesso aos Mandamentos através da generosidade de alguém que se identificou como Aaron.

É assim:

Nada funciona num Governo trabalhista.

- Se funcionar tem um defeito, e, aí, sempre cabe um “mas”- clique aqui para ler “Até quando vai o boicote conservador ?”.

- É preciso destruir o Lula ! E a Dilma, a menos que ela traia o Lula.

- O Congresso não presta.

- O que presta é o Supremo, porque não precisa de voto.

- Melar qualquer eleição.

- O Fernando Henrique é o nosso Guia Espiritual.

- O Bolsa Família é a Bolsa Vagabundagem.

- O BV das empresas do Governo é nosso ! Ninguém tasca !

- Se estiver em dúvida, leia a colona (**) do Ataulfo Merval (***) para conhecer “a linha justa”.

- Ley de Medios é censura à Imprensa.


Paulo Henrique Amorim


(*) Ali Kamel, o mais poderoso diretor de jornalismo da história da Globo (o ansioso blogueiro trabalhou com os outros três), deu-se de antropólogo e sociólogo com o livro "Não somos racistas", onde propõe que o Brasil não tem maioria negra. Por isso, aqui, é conhecido como o Gilberto Freire com ï". Conta-se que, um dia, D. Madalena, em Apipucos, admoestou o Mestre: Gilberto, essa carta está há muito tempo em cima da tua mesa e você não abre. Não é para mim, Madalena, respondeu o Mestre, carinhosamente. É para um Gilberto Freire com "i".

(**) Não tem nada a ver com cólon. São os colonistas do PiG que combateram na milícia para derrubar o presidente Lula e, depois, a presidenta Dilma. E assim se comportarão sempre que um presidente no Brasil, no mundo e na Galáxia tiver origem no trabalho e, não, no capital. O Mino Carta  costuma dizer que o Brasil é o único lugar do mundo em que jornalista chama patrão de colega. É esse  pessoal aí.

(***) Até agora, Ataulfo de Paiva era o mais medíocre dos imortais da história da Academia Brasileira de Letras. Tão mediocre, que, ao assumir, o sucessor, José Lins do Rego, rompeu a tradição e, em lugar de exaltar as virtudes do morto, espinafrou sua notoria mediocridade.