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Juízes “da” Dilma votam a tempo do 1º turno

Estava previsto: produzir a manchete para a véspera da eleição
publicado 04/10/2012
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O Ministro Fux, indicado pela Presidenta Dilma Rousseff,  condenou Dirceu com a ajuda do “testemunho” do co-réu Roberto Jefferson.

E mencionou “prova à luz de sua capacidade persuasiva”.

A “elemento probatório indireto”, também.

Viva o Brasil !

(Já imaginou, amigo navegante,  se usassem esses argumentos para avaliar o papel do Fernando Henrique na Privataria ?)

Ele e a Ministra Weber, também indicada pela Presidenta Dilma, que votaram depois de Lewandowski desmontar o “domínio do fato”, selaram a condenação de Dirceu antes da votação no primeiro turno.

Fizeram a manchete do PiG na véspera da eleição.

Os votos de Fux e Weber permitiram a intervenção de Gilmar, Celso de Mello e Ayres Britto, que deixaram claro que também vão condenar Dirceu.

Realizou-se a sincronização prevista no julgamento do  mensalão, desde o início.

Não há sessão de julgamento na sexta-feira.

Os eleitores vão votar domingo com a condenação do Dirceu.

O PiG (*), os Procuradores da República, tênues e torrenciais, e juízes da mais alta Corte obtiveram o que mais queriam.

Condenar Dirceu na véspera da eleição.

Sem provas.

O julgamento do mensalão é  a libertação do Abílio Diniz na véspera da eleição de Collor contra Lula, quando o PiG espalhava que os sequestradores usavam a camiseta do Lula.

É o grampo sem áudio.

Se, mais tarde, com a participação de Zavascki, Dirceu vier a ser beneficiado – hipótese remota – a eleição já se realizou.

Com Dirceu condenado.

Segundo Fux, condenado à luz de reuniões, depoimentos, já que era “articulador” político, por sua preeminência, sua posição de destaque.

(Tal qual FHC na Privataria.)

Delúbio e Genoíno atuavam “afinadamente”...

Eram “vasos comunicantes”.

“Havia acerto político”.

Os argumentos de Barbosa e Weber.

O PiG ganhou essa.

Mas, não a eleição.

Em tempo: antes de se encerrar a sessão pré-votação no primeiro turno, Lewandoski observou que Fux tinha se utilizado de argumento que duas testemunhas negaram peremptoriamente: que, num jantar, em Belo Horizonte, Dirceu tivesse tratado dos empréstimos ao PT. Fux ragiu: um dos depoimentos, o de Katia Rabelo, precisava ser analisado com "um grão de sal", já que Katia tinha sido condenado várias vezes. O Ministro Fux e Rosa Weber, porém, não usaram o saleiro quando se tratou de usar o Roberto Jefferson como a única testemunha contra Dirceu.

Paulo Henrique Amorim

(*) Em nenhuma democracia séria do mundo, jornais conservadores, de baixa qualidade técnica e até sensacionalistas, e uma única rede de televisão têm a importância que têm no Brasil. Eles se transformaram num partido político – o PiG, Partido da Imprensa Golpista.