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Leitura para colonizados: Kennedy e a decadência americana

Recomenda-se aos críticos da política externa do presidente Lula, os que preferiam a “diplomacia da dependência” do FHC, a que tirava o sapato
publicado 03/01/2011
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Saiu no Estadão, pág. A14, de ontem:

“Os EUA só estão no rumo da normalidade.”

“ Perda de influência dos americanos no cenário internacional pode ser entendida como um processo natural pelo qual passaram grandes potências nos últimos séculos.”

Trata-se de artigo do historiador Paul Kennedy, professor de História e diretor de Estudos de Segurança Internacional na Universidade de Yale, nos Estados Unidos.

É autor de um clássico, “Ascensão e queda das grandes potências”, http://translate.google.com.br/translate?hl=pt-BR&langpair=en%7Cpt&u=http://vi.uh.edu/pages/buzzmat/bookreviews/coxkennedy.doc

Diz o artigo no Estadão:

“ (o fim da hegemonia americana) é preocupante ... até mesmo para Estados como a Índia e o Brasil, que nos próximos anos desempenharão papéis mais importantes nas questões  mundiais.”

“Todos nós devemos ter cuidado ao desejar o fim da relativamente benigna hegemonia americana; podemos nos arrepender depois que ela acabar.”

“(mas) o poderio militar americano não pode se apoiar sobre pilares de areia; ele não pode depender, indefinidamente, de líderes estrangeiros ( financiarem seu déficit).”

“Os EUA deixarão de ser uma potência mundial desproporcional e tornarão um grande país, que terá de ser ouvido.”

“ (mas) terá de descer alguns degraus.”

“ Os EUA serão importantíssimos, apenas menos do que antes. Isso não é mau. Teremos uma situação mais normal.”

Navalha
Recomenda-se a leitura a colonistas (*) de vários matizes.

De muitos ou poucos chapéus.

Recomenda-se aos críticos da política externa do presidente Lula, os  que preferiam a “diplomacia da dependência” do FHC, a que tirava o sapato.

Recomenda-se ao Padim Pade Cerra  que, na campanha, só defendeu posições americanas: o apoio à Chevron, a critica ao Mercosul e ao Irã, o ataque para-militar à Bolívia.

Recomenda-se aos editorialistas do Estadão, que ainda não voltaram da Conferência de San Francisco que fundou a ONU, em 1945.

Paulo Henrique Amorim

 

(*) Não tem nada a ver com cólon. São os colonistas do PiG (**) que combatem na milícia para derrubar o presidente Lula. E assim se comportarão sempre que um presidente no Brasil, no mundo e na Galáxia tiver origem no trabalho e, não, no capital. O Mino Carta costuma dizer que o Brasil é o único lugar do mundo em que jornalista chama patrão de colega. É esse pessoal aí.

(**) Em nenhuma democracia séria do mundo, jornais conservadores, de baixa qualidade técnica e até sensacionalistas, e uma única rede de televisão têm a importância que têm no Brasil. Eles se transformaram num partido político – o PiG, Partido da Imprensa Golpista.