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Vice de Obama confessa que interferiu na Justissa... da Ucrânia

Biden chama de filho da p... quem resistia a ele
publicado 30/01/2018
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Na sede na Madison Avenue, Murrows, desembagrinhos, dalanhóis... quá quá quá!

"Na 12ª ou 13ª que fui a Kiev eu deveria anunciar que havia outro empréstimo de US$ 1 bilhão garantido e eu havia obtido um compromisso de Poroshenko e de Yatsenyuk de que eles tomariam alguma atitude contra o promotor, mas eles não fizeram nada! Então eles estavam a caminho da entrevista coletiva e eu disse: "eu não vou dar... nós não vamos dar US$ 1 bilhão a vocês". E eles disseram: "Você não tem autoridade! Você não é o Presidente". Eu disse: "Não vamos dar US$ 1 bilhão!". E eu vou embora daqui em 6 horas e se o promotor não for demitido você não vai receber o dinheiro! Ah, filho da ****... ele foi demitido e colocaram em seu lugar alguém que era bastante sólido, à época..."

Nessa declaração, o Vice-Presidente dos EUA na era Barack Obama, Joe Biden, se refere a Pyotr Poroshenko, Presidente da Ucrânia, e Arseny Yatsenyuk, ex-Primeiro-Ministro do país.

Essa entrevista coletiva data de março de 2016, quando Biden foi até a Ucrânia para, oficialmente, discutir a situação do país e finalizar os termos de um empréstimo bilionário que os EUA fariam a Poroshenko.

Como se percebe, Biden usou esse empréstimo para chantagear os ucranianos e forçar a demissão de Viktor Shokin, o promotor citado acima. Ele foi demitido em 29 de março daquele ano.

Segundo o Sputnik News, essa não foi a única vez que Biden se vangloriou por ter interferir nos assuntos da Ucrânia. No livro "Promete-me, Papai: Um ano de esperança, dificuldade e propósito", publicado no ano passado, ele revela que exigiu a renúncia do então Presidente ucraniano Viktor Yanukovich em 2014.

Diz, também, que tinha a incumbência de controlar os rumos de Poroshenko após a sua ascensão ao poder - período marcado pela expulsão de Yakunovich do país.

De acordo com o Sputnik News:

A Ucrânia estava longe de ser o único país pressionado por Washington naquele momento. Durante a reunião de terça-feira, Biden também revelou que a administração dos EUA "gastou tanto tempo no telefone, certificando-se de que todos, de [ex-presidente francês François] Hollande [ao antigo primeiro-ministro italiano Matteo] Renzi, "não se afastariam" de sanções anti-russas.

A Europa inicialmente tentou evitar a campanha de sanções contra Moscou, disse o ex-vice-presidente americano. Ele também acrescentou que a chanceler alemã, Angela Merkel, foi praticamente a única líder europeia importante que "foi forte o suficiente para ficar ao lado" dos EUA nesta questão, mesmo que ela "não gostasse" e apoiou Washington apenas "relutantemente".

A propósito da interferência dos EUA em países pretensamente soberanos, não deixe de ler no Conversa Afiada o relato de Brian Mier, jornalista do Brasil Wire, sobre a "cooperação" entre a força-tarefa da Operação Lava Jato e o Departamento de Estado norte-americano, com o objetivo de abrir caminho para uma violenta onda do neolibelismo na América Latina...

Em tempo: Biden estava em casa. Esse Council on Foreign Relations é um think-tank que fica em Nova York onde se formulam estratégias da politica externa americana. Foi por muito tempo uma espécie de Casa das Garças da família Rockefeller. Um Instituto Millenium... O Council edita a revista Foreign Affairs, que, no ultimo número, tem um artigo sobre como enfrentar o Kremlin, inclusive na Ucrânia, assinado por... Joe Biden!