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Segurança matou mexicano da máfia da Globo

Empresário tinha longa experiência no setor bancário
publicado 22/11/2017
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Via El País:

Assassinato de Executivo de TV mobiliza o México


O caso do assassinato de Adolfo Lagos Espinosa deu uma guinada surpreendente. As primeiras investigações realizadas pelas autoridades do Estado do México revelaram que o vice-presidente corporativo de telecomunicações da Televisa e diretor geral da Izzy foi atingido por uma bala disparada por um de seus seguranças. A Promotoria local investiga desde domingo o suposto assalto à mão armada do executivo, que passeava de bicicleta com um acompanhante (...)

Pouco mais de 24 horas depois do crime, as autoridades da Promotoria geral do Estado do México realizaram uma reconstrução dos fatos auxiliadas pelos guarda-costas que seguiam Lagos Espinosa na retaguarda em uma caminhonete. Os encarregados da segurança da vítima, que iam no veículo como motorista e copiloto, colaboraram com as autoridades desde o primeiro momento como testemunhas. As investigações incluíram análises de planimetria para determinar os detalhes topográficos do local onde ocorreu um suposto confronto entre os seguranças e dois homens entre 30 e 35 anos que tentaram roubar as bicicletas de Lagos e seu acompanhante.

(...) No Brasil, a imprensa associou o assassinato de Adolfo Lagos Espinosa à investigação de um esquema de corrupção na Fifa. A Televisa é suspeita de pagar propina a dirigentes do alto escalão do futebol para garantir o direito de transmissão de eventos esportivos. As autoridades mexicanas não confirmaram, no entanto, qualquer relação entre o crime e o escândalo.

Não é comum que as investigações de homicídios avancem a essa velocidade no país. E ainda menos no Estado do México, uma região que somente em outubro teve, em média, 10 assassinatos diários, sete deles dolosos. O caso de Lagos Espinosa, entretanto, contou com uma rápida e contundente pressão exercida pelos setores empresariais do país. Políticos, homens de negócios e intelectuais pediram urgência às autoridades para que resolvessem o crime de um homem de classe alta com uma longa experiência no sistema bancário mexicano e, desde 2013, com um cargo na direção do gigante das telecomunicações Televisa. (...)