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Macri dá golpe em Buenos Aires

Governo suspende apuração e anuncia vitória antes da hora
publicado 14/08/2017
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Cristina Kirchner, no Twitter: "El resultado de las elecciones parlamentarias de provincia de Buenos Aires es que hemos ganado" (Créditos: Página 12)

O partido Cambiemos, do presidente Mauricio Macri, deu um golpe no resultado das PASO, as eleições primárias que definem os candidatos que, em outubro, disputarão um lugar no congresso da Argentina.

Os argentinos foram às urnas neste domingo e, às 10 da noite, saíram os resultados na Província de Buenos Aires: Esteban Bullrich, candidato de Macri, conseguiu vencer a candidata da esquerda, a ex-presidenta Cristina Kirchner, com mais de cinco pontos percentuais de vantagem.

Entretanto, os partidos de esquerda denunciam fraude na apuração.

Segundo Leopoldo Moreau, candidato da coligação Unidad Ciudadana, a justiça eleitoral interrompeu a contagem dos votos no início da noite, sem levar em consideração mais de 1.500 urnas. O governo Macri, segundo o Moreau, teria "sequestrado uns 300 mil votos" em Buenos Aires.

"Divulgaram um resultado e o congelaram por quatro ou cinco horas para fazer um estardalhaço no horário nobre da televisão mas, na realidade, perderam em 14 províncias argentinas. Sequestraram os votos de 300 mil pessoas", declarou o candidato.

"Para nós está claro que houve uma manipulação marketeira".

O candidato afirma que os votos das 1.500 urnas não foram computados.

Durante a madrugada, houve uma recontagem provisória dos votos, que diminuiu a diferença: 34,18% dos votos para Bullrich, contra 34,11 para Kirchner - um empate técnico.

Em números absolutos, a diferença é de apenas 6.690 votos.

A Justiça Eleitoral informou hoje pela manhã que todos os votos serão recontados a partir de amanhã. Os resultados definitivos deverão ser divulgados no fim de semana.

Com informações do portal Página 12.


 

Em tempo: sobre a manipulação de resultados para oferecer à Globo, há no Brasil um precedente, descrito no livro "Plim-plim - a peleja de Brizola contra a fraude eleitoral", de um ansioso blogueiro. Em 2018 - se eleição houver aqui no Brasil - outras fraudes, ainda mais porcas que a de Macri, serão cometidas - PHA