O fim (dos EUA) está próximo!
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“The end is near” - é a apocalíptica reportagem de capa da revista “Fortune”, que foi a Bíblia da Economia americana.
Fazia parte do grupo Time-Life de Henry Luce, que fundou “o tempo, a vida e a fortuna” - “fortuna” no sentido de “grana” e, não, no maquiavélico, de “imprevisto”.
Entre os anos 20 e 60 do século passado, Luce foi um dos centros do pensamento conservador americano, através de suas revistas.
Hoje, elas trafegam entre a vida e a morte no grupo Time-Warner, que acaba de ser comprado pela AT&T.
Porém, a capa da revista Fortune nesse mês de agosto ainda produz efeitos devastadores.
Não é sempre que se chega a uma banca de jornais do aeroporto Kennedy, em Nova York, e se é recebido por um “fim está próximo”!
Por que está tão próximo assim, segundo o editor-sênior da revista, Geoff Colvin?
- nos últimos 60 anos, uma queda do desemprego – como hoje - sempre precedeu uma recessão;
- ao contrário de Trump, o FMI e o escritório do Orçamento do Congresso acreditam que o recente corte de impostos não evitará uma recessão profunda;
- a dívida do setor público sobre o PIB – 77,3% - é a maior desde o fim da II Guerra. E deve chegar a 96% em 2027;
- com os juros baixos dos últimos anos, as empresas se endividaram mais do que nunca! Eram US$ 14,3 trilhões em dívidas das empresas no quarto trimestre de 2017;
- o barril do petróleo voltou a subir – US$ 67,9, em junho de 2018 –, o que desacelera a economia mundial e, portanto a dos Estados Unidos (ainda que sejam grande produtores de petróleo);
- as empresas americanas vendem mais e lucram mais quando 50% de suas vendas são realizadas fora dos Estados Unidos.
Por tudo isso, conclui Colvin: “os analistas vivem numa ilha de fantasia! Portanto, não basta ter medo: é preciso se preparar!”