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Crise do Macri pode atingir o Brasil

Viu, coxinha, no que deu o neolibelismo?
publicado 07/05/2018
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Sobre as consequências do aumento dos juros na Argentina, o Conversa Afiada republica trechos de artigo do Clarín:

(...) Para enfrentar a crise que teve início na semana passada com a disparada do dólar (...) o governo abandonou medidas graduais e apostou na terapia de choque. O problema foi atacado por duas frentes: monetária e fiscal.

(...) Na sexta-feira, com o objetivo de acalmar os investidores estrangeiros e argentinos, os ministros Nicolás Dujovne (Fazenda) e Luis Caputo (Finanças) anunciaram, em uma coletiva de imprensa, que o déficit fiscal será menor do que o previsto. O governo cortou $30 bilhões de pesos destinados a obras de infraestrutura e admitiu que a atividade econômica se esfriará. O banco central elevou a taxa de juros a 40% - o valor mais alto durante o governo Macri.

E do Página 12:

Diversos analistas afirmam que os mercados continuarão instáveis durante a semana. "A Argentina se encontra na linha de frente de uma possível crise nos mercados emergentes", afirmou o jornal britânico The Sunday Times.

A forte alta na taxa de juros que o Banco Central aplicou na sexta-feira, combinada com o anúncio de mais cortes nos gastos públicos, serviu para conter parcialmente a alta do dólar, que fechou a uma média de 22,28 pesos - 4,4% abaixo do dia anterior, quando fechou no valor record de 23,30 pesos. (...)

"Acreditamos que a desvalorização real pode ir um pouco mais além, ainda mais se os mercados não reagirem a curto prazo. A revisão de preços que estamos vendo desde a semana passada afeta todos os ativos argentinos muito mais do que nossos colegas da América Latina. Essa correção implica que deve haver uma depreciação do câmbio da Argentina", declarou a consultora Econviews. (...)

A crise argentina poderá trazer graves consequências para o Brasil - especialmente para a indústria, que teve nova queda de faturamento em março. Segundo o El País, a Argentina "deve reduzir as importações de produtos brasileiros, principalmente, de automóveis. Hoje, a indústria automobilística responde por quase metade da pauta de exportação aos argentinos. A Argentina é o terceiro destino do comércio exterior brasileiro (...)".

Em tempo: sobre o neolibelismo, favor consultar o ABC do C Af.

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