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A Boeing precisa mais da Embraer que a Embraer da Boeing

Boeing quer matar a Airbus e a segurança nacional brasileira vai de bônus

publicado 25/12/2017

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Trump foi buscar com Muilenburg as rotas da defesa aérea do pré-sal! (Crédito: Square Space)

Do amigo navegante Pedro Silva, no FaceBook do Conversa Afiada:

Tem uma questão que o PH não comentou no vídeo, que é a lambança da Boeing com a Bombardier (canadense), onde existe atualmente uma disputa junto ao Departamento de Comércio americano para impor tarifas de importação de aviões feitos pela Bombardier. Isso fez com que a Bombardier se aliasse (cedesse os aviões em litígio) para a maior concorrente da Boeing, que é a Airbus. Lembrando que nem a Boeing nem a Airbus produzem aviões da mesma categoria que a Embraer e Bombardier produzem e, como a Embraer é a concorrente direta da Bombardier (agora "aliada" da Airbus) , eu vejo esse movimento da Boeing em relação à Embraer como um passo natural na briga entre as duas gigantes. O ponto que o PH aponta é realmente preocupante, mas não é o principal fator, ao meu ver, nesta transação.

Pedro Silva

Pedro tem razão.

A Economist mostra que o Departamento de Comércio americano já aplicou uma tarifa de escandalosos 292% sobre qualquer importação de aviões Bombardier por americanos.

A própria Economist chama de “hipócritas” os argumentos da Boeing, que invocou o fato de a Bombardier receber subsídios dos governos britânicos e canadenses.

E a Boeing?, pergunta-se a Economist,“… que recebeu bilhões de dólares de ajuda do Governo americano, através de contratos militares generosos e mais US$ 8,7 bilhões do Estado de Washington (onde fica sua sede, em Seattle – PHA).”

Como disse o ansioso blogueiro na TV Afiada: a Boeing, como a Airbus, é uma empresa estatal, para todos os efeitos.

Diz ainda a revista inglesa: a Boeing ataca a Bombardier para proteger seu poder de mercado.

“A Boeing está tentando destruir a competição com processos em tribunais comerciais contra a Bombardier e a Aibus.”

“A Boeing prevê que 80% dos pedidos de jatos civis virão de fora dos Estados Unidos, nos próximos vinte anos”.

“Mas, dificilmente a Boeing se beneficiará disso, se mantiver uma agenda nacionalista”, prevê a ultra-liberal Economist.

Portanto, a Economist dá razão ao navegante Pedro.

O que não impede o ansioso blogueiro de também ter razão.

A Boeing vai meter a mão no leme da Embraer, com esse “take over”.

A Boeing não vai ficar sentadinha em Seattle e acompanhar à distancia a Embraer produzir os jatos que competem com a Bombardier.

A Boeing é uma fera.

É um braço do Pentágono.

E vai passar ao Pentágono – a quem deve o sangue que corre em suas veias – tudo o que o Pentágono quiser saber sobre a Defesa brasileira.

O presidente da Boeing, Dennis Muilenburg, vai sugerir que o presidente ladrão pegue seu poder de veto, a golden share, e enfie, quer dizer, guarde na bolsinha que carrega na perna.

Porque essa golden share tem menos utilidade que uma bolsinha de urina.

PHA