Por que a Urubóloga e o Sarnembélico babam
Fátima Leão no Twitter do C Af
Tomado de perplexidade ilimitada, o ansioso blogueiro ligou para o Vasco.
- Vasco, por que os economistas de banco, os colonistas, os Urubólogos e os sarnembélicos estão indignados com o Tombini?
- O Sarnembélico chegou a destituir a diretoria do Banco Central: essa diretoria… não quero mais!
- A Dilma tremeu!
- Por que ele ficou, assim, Vasco, com aquela baba bovina do Nelson Rodrigues?
- Grana, meu filho, grana!
- Mas, eles são pensadores, analistas de complexos sistemas econômicos, referências da Academia Universal…
- O Tombini tirou a grana deles!
- Explica, Vasco, por favor.
Segue-se uma breve explicação do Vasco, que, naquele momento assistia a um Netflix, para acelerar a derrocada da Globo (quá, quá, quá!).
O Banco Central vai mandando mensagens cifradas ao “mercado”: vou subir os juros, não vou.
Cifradas, só quem entende é o “mercado”.
O “mercado” entendeu uma mensagem como se dissesse “o BC vai subir meio ponto”.
Os juros futuros reagiram imediatamente e subiram o equivalente àquela “dica”: a SELIC vai subir meio ponto.
E, como o “mercado” tinha tanta certeza da sua intuição, ou da sua leitura da mensagem, comprou títulos sem fazer hedge – ou seja, sem se proteger, caso a aposta desse errado.
É porque o “hedge” é caro.
E como o “mercado” estava seguro, para que gastar dinheiro com hedge, com proteção?
Aí, o Tombini foi lá e mudou o jogo: não vai aumentar nada!
A tigrada perdeu um monte dinheiro.
E sem hedge!
E o nome disso se chama… GRANA!
Se o Tombini tivesse dito que ia baixar e... subisse , ia ser a mesma gritaria.
Porque o “mercado”, da mesma forma, teria perdido dinheiro.
Por isso, esse desespero no PiG.
Eles são o periscópio do “mercado”.
Põem a cabecinha pra fora.
Em tempo: o Ataulpho Merval de Paiva também desceu o porrete no Tombini. Se fosse na Áustria, como diz o Damous, o Ataulpho estava atrás das grades. Com El Chato.
Paulo Henrique Amorim