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Podcast: Mourão vai tratorar o Guedes

Só otário acredita em carta branca...
publicado 20/11/2018
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Olá, tudo bem?

Esse podcast é sobre o duelo entre Paulo Guedes e General Mourão. E Mourão vai tratorar o Guedes.

A nomeação do ultra-privateiro Castello Branco - que não se perca pelo nome – demonstra que a batalha entre Mourão e Guedes já se trava antes de começar o Governo (sic).

Nomear Castello Branco é como nomear Jack, o Estripador para o Bahamas de Londres e achar que ele vai fazer a segurança das meninas.

Jack, o Estripador vai para a Petrobras com a missão de estripar a Petrobras em pedaços e vendê-los a preço de Vale do Rio Doce.

Foi o que o Príncipe da Privataria ia fazer com a Petrobrax.

E fez com a Vale do Rio Doce, onde trabalhou o supracitado Castello Branco.

Aí, o Castello Branco de pescoço – porque o ancestral era desprovido de pescoço… -, depois de nomeado, diz que não vai privatizar.

Se é para não privatizar, melhor nomear o General Geisel!

Aí o presidente eleito diz que o Castello é da cota do Paulo Guedes.

E o Paulo Guedes tem carta branca.

Com essa carta branca ele nomeou o Bob Fields neto para o Banco Central, o Joaquim Levy vai com as outras para o BNDES e o Mansueto de Almeida para o Tesouro.

Eles todos têm credenciais que deixam os basbaques provinciais de queixo caído.

Têm PhD em Chicago, na UCLA e no MIT!

Um colosso!

Mas, são todos do terceiro time dos Chicago Boys.

Porque o primeiro, com a Míriam Leitão à frente, e o segundo times de Chicago Boys estiveram com o Santo do Alckmin e a Bláblárina.

(O Meirelles, como diz o Delfim, não passa de um vendedor de seguros…)

Sobrou o terceiro time para o presidente eleito.

E se Chicago ganhasse o jogo, o Lula não se elegeria em 2002…

Não bastasse isso, o Paulo Guedes vai usar a carta branca para criar um Mega Superministério e apressar a Privataria desenfreada!

Aquela que o Castello Branco defendia até ante-ontem.

Quá, quá, quá!

Acontece que só otário acredita em carta-branca.

Carta branca nem o Bolsonaro tem, porque, como demonstrou o Professor Wanderley Guilherme dos Santos, ele não foi eleito pela maioria, mas para a maioria…

E, além disso, está claro como o sol que Bolsonaro deu mas pode retirar a carta a qualquer momento…

Bolsonaro só pensa em privatizar partes da Petrobras.

O refino, por exemplo.

Mas, isso até o Haddad e o Ciro queriam fazer.

Nada de novo.

O problema, como lembra a incansável privateira Míriam Leitão, é que será preciso passar por cima do cadáver do Ministro Lewandowski, que vinculou a venda de estatais a aprovação prévia do Congresso, com licitação pública e transparente, como gosta a Míriam de dizer…

Transparente… como as contas da Globo na Holanda…

Quá, quá quá!

Outro problema é o General Mourão.

É óbvio que o general Mourão não está gostando nada desses economistas chicaguianos…

E já disse várias vezes que não dá para torrar empresas estratégicas, como… a Petrobras!

Bingo!

É óbvio, também, que a biruta do presidente eleito vira para o lado do Guedes e do Mourão, conforme o vento.

Diz que vai mas não vai…

Diz que os economistas quebraram o Brasil, mas dá carta branca a eles todos…

Pode privatizar, mas só a cabecinha...

Quem não sai do lugar é o Mourão.

É o Exército!

As Forças Armadas!

Nos Estados Unidos também foi assim.

Chegou ao poder um presidente, digamos, despreparado.

Se precisasse, ele desmontava o interesse nacional americano com estrepolias ideológicas, que variam como biruta de aeroporto.

Assessores de confiança chegaram a roubar da mesa dele, no Salão Oval, decretos que ele tinha encomendado.

Para não assinar asnices.

Quando ficou claro que o Governo ia desmoronar, os militares tomaram a Casa Branca.

Assumiram a Casa Civil, o gabinete de Segurança Nacional, o Departamento de Estado e a CIA (com a chefe das torturas na prisão de Abu Ghraib, no Iraque).

E o Trump fica responsável por atualizar o Twitter.

Para desespero do veterinário Ônix Lorenzoni, o general Mourão vai controlar todos os programas de infra-estrutura, de dentro do Palácio do Planalto.

Será um vice não decorativo, um vice que manda...

Portanto, a batalha entre os PhDs do Guedes e as quatro estrelas do general Mourão já tem um vencedor.

Daqui a pouco até o mercado vai fazer ordem unida!