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O que os bancos dirão ao FHC?

O que quer o Roberto Setúbal, ombudsman do Banco Central?
publicado 18/06/2017
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Goldfjan (E), que o Itaúúúúú emprestou ao BC, o funcionário padrão do Itaúúúúú, e o patrão do funcionário padrão do Itaúúúú (D) (Reprodução/Causa Operária)

O Estadão (em estado comatoso) turvou esse domingo 18/junho com 479 páginas sobre tema de que o Estadão não entende nada: "O Brasil além da crise".

O Estadão ouviu 7.027 empresários que disseram, em coro, "só as reformas do chefe da maior quadrilha de larápios, segundo Joesley, salva o Brasil"!

Seria interessante assistir a uma reunião de diretoria de uma dessas magníficas empresas e ouvir o que responderia o CEO, se um diretor financeiro se saísse com essa: "chefe, só as reformas do Temer nos salvam!"

Estava na rua, no seguinte momento.

Mas, no PiG, é só isso o que eles sabem dizer: é imprescindível, inadiável fazer as reformas, dizem os presidentes da Mercedes, da Bayer, da Natura, do Santander.

Na próxima edição dominical do Estadão eles mesmos demonstrarão, na ponta do lápis, como é que a "reforma da Previdência" vai melhorar o balanço semestral deles.

Quá, quá, quá!

Quero ver o presidente da Mercedes e da Bayer explicar isso aos acionistas alemães.

Quá, quá, quá!

Mas, aqui, na taverna provincial, eles dizem qualquer coisa!

A unica exceção desse canto-chão tartúfico é a reveladora declaração do presidente do Bradesco, que vale mais do que todos esses aí mencionados, juntos:

“A recessão dos últimos três anos não volta mais. Há décadas nosso problema é macroeconômico. Desta vez, temos a instabilidade política. Já que não é possível um divã, a regra é mudança em cenário de incerteza. A esperança de crescimento robusto fica condicionada agora à aprovação das reformas no Congresso. Chegamos num ponto em que é preciso certo distanciamento para enfrentar a situação com serenidade. É preciso priorizar aquilo que está sob nosso alcance.” Luiz Carlo Trabuco, presidente do Bradesco