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Maia: medidas de Bolsonaro não resolvem nada

"Governo está travado e não conseguiu elaborar com agilidade medidas para combater o coronavírus"
publicado 28/03/2020
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Crédito: Fotos Públicas

O presidente da Câmara dos Deputados, Rodrigo Maia (DEM-RJ), manifestou-se sobre a linha de crédito emergencial para pequenas e médias empresas anunciada pelo governo na última sexta-feira (27/III).

Para Maia, é "tímida" e "não resolve nada".

Em teleconferência com mais de 1.000 empresários do Grupo de Líderes Empresariais (Lide), o presidente da Câmara disse que o governo precisa ter um esforço maior para atender a vários setores.

"Acho que essa (decisão) do financiamento, que eu não acho ruim, porque, pela informação que eu tenho, a taxa de captação é a mesma do empréstimo. (Tem) uma carência, um prazo para pagar, (e) a garantia majoritária do governo, ainda é tímida, R$ 20 bilhões por mês, não vai resolver nada", afirmou.

Ao ser questionado sobre a relação entre os poderes, Maia disse que o governo está travado e não conseguiu elaborar com agilidade medidas para combater a pandemia do coronavírus. Ele argumenta que, se o governo federal já tivesse focado em medidas contra o desemprego, postergado o pagamento de impostos e apresentado uma solução para pagamento de aluguéis, não haveria conflito.

Linha de crédito

Na sexta, o presidente do Banco Central, Roberto Campos Neto, anunciou nesta sexta-feira a medida para que as empresas consigam quitar suas folhas de pagamento durante dois meses. No total, a linha de crédito será de R$ 40 bilhões, durante dois meses. Desse total, 85% (ou R$ 34 bilhões) serão subsidiados pelo Tesouro Nacional.

O subsídio era uma demanda dos bancos privados para criarem essa linha de crédito.

Com informações de O Globo.