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Juízes e Procuradores detonam a Reforma

Pessoal do fura-teto não vai perder privilégios
publicado 03/03/2019
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De José Fucs, no Estadão:

Servidores partem para o ataque contra reforma


Sob a ameaça de perder privilégios, os servidores ativos e inativos, já começaram ou a se organizar para tentar “melar” a reforma da Previdência, com o apoio das principais centrais sindicais, que têm forte presença junto ao funcionalismo.

Ironicamente, os mais privilegiados são os que gritam mais contra a reforma e os mesmos que fazem “lobby” em defesa dos supersalários e dos penduricalhos do Judiciário e do Ministério Público, usados para burlar o teto constitucional, de R$ 39,3 mil, equivalente aos ganhos dos ministros do Supremo Tribunal Federal (STF). São aqueles que o ex-presidente Fernando Collor costumava chamar de “marajás” – um termo adotado também pelo presidente Jair Bolsonaro para designá-los.

Contra todas as evidências e sem muita preocupação com a aritmética, eles dizem que “não há déficit na Previdência”, que “a reforma é desumana”, que é “um retrocesso” e que “os pobres vão morrer antes de se aposentar”.

Falam também que “com a cobrança de dívidas das empresas com a Previdência seria possível cobrir o déficit”. Eles “esquecem”, porém, de que, dos cerca de R$ 500 bilhões de pendências, “só” R$ 160 bilhões são considerados recuperáveis. Ainda que esse dinheiro entrasse no caixa de uma só vez, o que não acontecerá devido ao refinanciamento de parte da dívida por 15 anos em gestões anteriores, não daria nem para cobrir o rombo do sistema em 2019, estimado em R$ 308 bilhões. E depois disso, o que se faria? De onde viriam os recursos para cobrir o restante do buraco neste ano e nos próximos? Eles não têm as respostas.

O pessoal também não leva em conta que o cálculo da expectativa de vida de menos de 60 anos nas regiões mais pobres do País e de menos de 70 anos em alguns Estados, contra a média nacional de 75,8 anos, é feito no momento do nascimento. Só que, segundo números oficiais, os homens que chegam aos 55 anos (idade média das aposentadorias no País) terão uma sobrevida de 24 anos, vivendo até os 79 anos. Já as mulheres, que se aposentam em média aos 52 anos, terão uma sobrevida média de 30 anos, vivendo até os 82.

(...)

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